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UFF - Universidade Federal Fluminense

XI Interculturalidades

De 21/09/2021 a 01/10/2021

 

Primaverar, viver Freire
XI Interculturalidades, de 21 a 30 de setembro de 2021

Movido por desejos de transformação e renovação de um país enlutado diante do quadro dos últimos anos, o encontro Interculturalidades, em sua décima primeira edição, deixa-se airar e conduzir pelo legado do humanista, pensador e educador Paulo Freire, no marco luminoso de seu centenário, celebrado agora em setembro.

Com a pandemia ainda em curso, a destruição do meio ambiente, o desmonte da educação e da cultura, o desrespeito aos povos tradicionais, as desigualdades acentuadas e o racismo estrutural que reclamam frentes de luta, um vento freireano sopra como prenúncio de uma mudança ansiada pelos mais diversos setores da sociedade brasileira. 

Inspirado pelo mote dos temas geradores de Freire, o evento se constitui como um experimento de ativação do mundo pela palavra, assumida como verbo mobilizador. As palavras/temas que movem o projeto são: Libertar, Esperançar, Sonhar, Politizar, Compartilhar, Poetizar e Lutar – cada uma delas abrindo-se em feixe e desdobrando-se em conferências, mesas, oficinas, minicursos e apresentações artísticas.

Mais do que um evento, o 11o  Interculturalidades se nutre de um acontecer, um semear e florescer que conclama também a alegria como energia vital transformadora. É tempo de roda e encontro, um espaço-experiência que nos motive a ocupar nossos espaços de fala e ação na garantia de direitos fundamentais, na saúde, na educação e na cultura; o direito à rua, à cidade e ao amplo exercício da vida e da concidadania.

Em tempos áridos… que venha o frescor da Primavera Freiriana!

 

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO PARA AS OFICINAS/MINICURSOS/RODAS DE CONVERSA

 

PROGRAMAÇÃO

21/09 | Terça - LIBERTAR


15h - Abertura institucional “Primaverar, Viver Freire”

Participantes: Nita Freire, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega (Reitor da UFF), Leonardo Guelman (Centro de Artes UFF), Alexandra Anastácio (PROGRAD UFF), Fernando Penna (FEUFF), José Renato Porto (IEAR UFF)  e Mônica Dias. 

17h - Abertura da exposição “Angicos”
A exposição ‘Angicos’ faz alusão a uma experiência pedagógica ocorrida na cidade interiorana de mesmo nome, localizada no Rio Grande do Norte, em 1963, onde educadores formados por Paulo Freire atuaram com alguns moradores no intuito de alfabetizá-los. Em cerca de 40 horas, eles empreenderam alguns exercícios que apoiaram na educação local.

A experiência foi decisiva para o fortalecimento do ‘Método Paulo Freire’, sob o qual o contato dos alunos com referências próximas ao seu convívio facilitam o aprendizado. 

Aqui, palavras e imagens se somam, tendo como chaves algumas palavras geradoras das discussões do 11º InterculturalidadesLibertar, Poetizar, Politizar, Compartilhar, Sonhar, Lutar e Viver.

ACESSE AQUI A EXPOSIÇÃO


18h - Conferência: Paulo Freire: inspirador do amor e da libertação
Conferencista: Leonardo Boff
Moderação: Leonardo Guelman

O grande filósofo e teólogo Leonardo Boff estará conosco compartilhando seu pensamento e prática sobre o libertar, uma emancipação que se processa pela amorosidade e o cuidado, o zelo para com cada ser vivente e para com cada pedaço do planeta. A libertação de um mundo de individualismo a partir da formação de seres de comunhão.  O fator essencial para libertar as pessoas da situação de opressão é exercer o sentido e a ética do cuidado. 


22/09 | Quarta - ESPERANÇAR


10h - Oficina Bordados de resistência  (1º momento)
Ministrada por: Coletivo Linhas do Horizonte e Célia Gouvea (UFF) 

Oficina de bordação de material de protesto (bandeiras, bottons, panfletos, cartazes, máscaras etc.). Por meio do compartilhamento de experiências nesta linguagem popular que é o bordado, são feitas denúncias que refletem situações de opressão e urgência de transformação social, principalmente no momento em que vivemos. 


14h - Oficina de Jongo “Canto e danço o esperançar” 
Ministrado por: Mestres Délcio Bernardo e Mariel Marisco

No Brasil, o jongo consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro. É instrumento de fortalecimento de identidades e de laços culturais e comunitários nas comunidades quilombolas, são dança e canto que apontam para um caminhar e esperançar juntos por um hoje e um amanhã diferente e melhor.

A oficina apresentará um pouco da história do jongo, seus pontos, cantos, tambores e dança. 


15h - Mesa: Legado de libertação em Paulo Freire: emancipação e transformação social a partir das lutas populares socioambientais

Participantes: Maria Raimunda (MST-MA), Charles Trocate (Filósofo e Coordenador do Nacional do Movimento pela soberania popular na mineração/PA), Diego Chabalgoity (autor do livro "Ontologia do oprimido - construção do pensamento filosófico em Paulo Freire")
Mediação: Anne Kassiadou

A mesa tem como proposta entrelaçar debates, reflexões e práticas inspiradas por Freire, nas insurgências dos sujeitos e de povos subalternizados e oprimidos, resistentes e de luta. Povos que leem o mundo com os olhos da sobrevivência e da resistência, da transformação e do direito à vida. Neste mundo, Freire nutre as pessoas em humanidade e solidariedade, emancipação e autodeterminação.

 


18h - Conferência: Paulo Freire e o esperançar nos dias de hoje
Conferencista: Sérgio Haddad
Moderação: Nathália Mendonça

Sérgio Haddad, professor, pesquisador, ativista social e biógrafo de Paulo Freire, compartilhará conosco a atualidade da categoria freireana esperançar nos dias de hoje. Diante de um país enlutado, com a tragédia da pandemia agravando o quadro de acentuadas desigualdades sociais, recuperamos o imprescindível sentido do esperançar de Freire. A estreita ligação entre esperança e luta social se encontra em seu sentido ativo. Não no sentido da espera e do fatalismo de que as coisas são como são, mas no esperançar das ações concretas de organização coletiva para a construção de um futuro mais igualitário.


20h - Apresentação Artística: espetáculo teatral Paulo Freire - o andarilho da utopia + conversa com o público após a apresentação
Com base no legado deixado por Paulo Freire, o ator Richard Riguetti, o encenador Luiz Antônio Rocha e o dramaturgo Junio Santos decidiram levar a emocionante e inspiradora vida do educador para os palcos. A peça propõe uma reflexão cenopoética, a partir da ótica freireana, misturando elementos teatrais, de palhaçaria e do teatro de rua. 

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23/09 | Quinta - SONHAR


10h - Roda de conversa: Acessibilidade com sensibilidade e arte para transformar: um olhar freireano sobre a exposição virtual “Sentir e pensar na pandemia”
Participantes: Anderson Leitão (Especialista em Arte-Educação/UnB ; Coordenador FI / Magé), Andressa Vidal (FME/Niterói e GEPAC/LIPEAD - UNIRIO) e Silvilene Ribeiro Moraes (Museóloga/ UNIRIO com pesquisas em inclusão, diversidade e interculturalidades)
Mediada por: LaIFE - Laboratório de Inclusão, Formação Cultural e Educação, coordenado por Érika Leme

Sentir e pensar sob as lentes das produções criativas e afetivas construídas, durante a pandemia, por alunos, artistas, professores e outros voluntários, com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrições que expõem a sensibilidade e a autorreflexão de como lidar consigo mesmo e com o outro. Esperançar e motivar o contato com este material em um diálogo embebido de amorosidade/afetividade, capaz de mexer com as estruturas cognitivas, afetivas e sociopolíticas nos âmbito individual e coletivo (salas de aula). 


13h - Minicurso: Paulo Freire e a pedagogia griô aplicada ao ensino em saúde integrativa (1º momento)
Ministrado por: Adriana de Holanda

Momento de diálogos sobre conceitos e ideias freireanas inseridas nos princípios da pedagogia griô, e sua inserção  na educação em saúde integrativa, destacando os ensinamentos das medicinas dos povos tradicionais, especialmente das narrativas de cura da Jurema Sagrada. 

Serão abordados contextos culturais e espirituais, que atravessam as narrativas e memórias de cura e saúde, no território brasileiro.


15h - Mesa: “Fome de barriga, fome de cabeça” -  experiência de Angicos
Participantes: Marcos Guerra e Nilcéa Lemos Pelandré 
Mediação: Jaqueline Ventura 

Angicos, localizada no sertão do Rio Grande do Norte, é palavra emblemática para todos aqueles que se interessam pela educação popular. A mesa propõe uma reflexão e diálogo com as memórias da experiência político-pedagógica de alfabetização de jovens e  adultos, conhecida como as 40 horas de Angicos, na qual foram alfabetizados cerca de 300 angicanos, em 1963, sob a supervisão de Paulo Freire e  que teve repercussão nacional e internacional.


18h - Conferência: Sonhar a terra
Conferencista: Daniel Munduruku
Moderação: Pedro Gradella

Com uma vida dedicada à educação, à luta indígena e à literatura, Daniel Munduruku vem sonhando de forma radical, a partir da terra, um novo mundo, promovendo e divulgando os saberes indígenas através da literatura, ampliando a sensibilidade e subjetividade de crianças e adultos.


20h - Cinema - Cine Debate com Ciclo apalavrar: abrindo caminhos para a ressignificação

Apalavrar é ação. O artista Jef Rodriguez a coloca como “a pá que lavra a terra”, um instrumento de plantio e colheita para “rebentar as fronteiras”, como diz bell hooks. Paulo Freire trabalhou com as palavras geradoras que brotaram e floresceram, transformando a educação, utilizando-as para transcender a consciência do indivíduo. Da mesma forma, o cinema, através de sua linguagem, pode gerar uma leitura de mundo que estimule o sujeito a Ser-Mais, a enfrentar a opressão que quer tirar o seu existir. 

A Mostra Apalavrar é uma iniciativa de discentes da disciplina Imaginário Coletivo e Criação Cinematográfica, ministrada pela professora Tetê Mattos, que traz filmes e debates que têm como objetivo principal estimular a reflexão e a consciência acerca da interferência da Educação na vida cotidiana do sujeito, proporcionando libertação, esperança e autonomia. 

Filme: Espero a tua (re)volta, 2019, 1h 32min
De Elisa Capai

Sinopse - Um retrato do movimento estudantil que ganhou força a partir do ano de 2015, ocupando escolas estaduais por todo Brasil. Acompanhando três jovens do movimento e com imagens de arquivo de manifestações desde 2013, o documentário tenta compreender as ocupações e as suas principais pautas a partir do ponto de vista dos estudantes envolvidos.

Debate: Jef Rodriguez, Nayara Souza e Marcela Jesus
Mediação: Ana Clara

Filmes disponíveis no período de 23 a 29/09/2021.

 

24/09 | Sexta - POLITIZAR

 

13h - Minicurso: Territórios quilombolas, insurgências contra coloniais e lutas de classes
Ministrado por: Raimunda Soares e Juliene Pereira

Inspirações freireanas em insurgências e lutas quilombolas na conformação da luta de classes no Brasil. Parte-se de uma perspectiva crítico-dialética que valoriza a existência e organização dos sujeitos coletivos, ressaltando que suas particularidades são construídas historicamente e no âmbito de relações sociais.

 


15h - Mesa: Educar como ato político
Participantes: Analise de Jesus da Silva e Mônica Ribeiro
Mediação: Fernando Penna

  

 


20h - Apresentação artística: Vozes, Vídeos e Corpos Negros - Teatro do Oprimido porque Vidas Pretas Importam
Grupo Cor do Brasil, Centro de Teatro do Oprimido – CTO e Coletivo Madalena-Anastácia de mulheres negras.

Inscrições aqui.

Esse encontro se propõe a compartilhar recentes produções em vídeos realizadas pelo Centro de Teatro do Oprimido com moradoras e moradores de favelas do Rio e de Niterói expressando suas narrativas de forma estética através de seus corpos, suas vozes, músicas e poesias. Uma série de 4 vídeos curtos intitulados “Vozes da Favela”, e um vídeo da CriaDasOprimidas, com mulheres negras, serão o disparador da conversa em rede sobre resistência frente ao estado genocida.

Durante a conversa, atrizes e atores do Grupo de Teatro do Oprimido Cor do Brasil compartilham a vivência e o processo da performance “Suspeito”, que trata também do genocídio da população negra no Brasil.

Elenco Cor do Brasil: Alessandro Conceição, Maiara Carvalho, Rachel Nascimento, Fernanda Dias, Eloana Carolina Gentil, Carol Netto, Cachalote Mattos, Gabriel Horsth
Direção Artística: Bárbara Santos e Claudia Simone Oliveira

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25/09 | Sábado 


10h - Roda de conversa: Indígenas, quilombolas e caiçaras - Saberes, luta e autonomia no território
Mediada por: Fórum de Comunidades Tradicionais + Programa de Pós-Graduação Teresa – Gestão de Territórios e Saberes IEAR/UFF

No pé da Serra da Bocaina foi constituído o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT). Sua experiência política e de organização das comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas e caiçaras) resultaram na construção de propostas educacionais que frutificaram naquele território. Debaixo de uma tamarineira começaram a germinar as sementes da Educação Diferenciada, impulsionou-se a participação na Licenciatura de Educação do Campo e inspiração para a Especialização Gestão de Territórios e Saberes.


16h - Apresentação artística: Quarteto de Cordas da UFF & Música Antiga da UFF
Seguida de conversa com os músicos

Voltando-se para a música brasileira, os grupos Música Antiga da UFF e Quarteto de Cordas da UFF encontraram composições que se conectam com o universo freireano, mesmo que indiretamente. O Quarteto da UFF, por exemplo, escolheu o 1º Movimento (Allegretto con moto) do Quarteto de Cordas nº 2, chamado “Brasileiro”, de César Guerra-Peixe, contemporâneo de Paulo Freire e que buscou nas fontes populares pernambucanas os motivos para criar essa composição, além de ter sido, ele próprio, um importante educador no âmbito da música nacional. Já o Música Antiga da UFF, mais voltado para as melodias medievais e renascentistas, pesquisou sonoridades religiosas do Tambor de Mina, de tradição maranhense, que une entidades e encantados ancestrais, sem preconceitos à fé popular tão estigmatizada pelas elites dominantes, e fez a releitura de duas músicas: “Touro encantado” e “Pedra encantada”. Músicas onde se diluem as fronteiras entre o erudito e o popular, ecoando o desejo de igualdade freireano, entre os seres humanos. 

Quarteto de Cordas da UFF - Tomaz Soares (1º violino), Ubiratã Rodrigues (2º violino),  Clara Santos (viola) e Glenda Carvalho (violoncelo) 

Música Antiga da UFF - Cecilia Aprigliano (violas da gamba), Leandro Mendes (canto),  Mario Orlando (rabecão, viele, viola da gamba e flauta doce), Rosimary Parra (viola caipira) e Sonia Leal Wegenast (canto e harpa)


18h - Apresentação artística: Orquestra Sinfônica Nacional UFF - Zé Keti "A voz do morro". Participação: Orquestra de Cordas da Grota
Seguida de conversa com: Luiz Lima, Robson Leitão e Leonardo Guelman

Paulo Freire chamou a atenção para ouvirmos e compreendermos a voz dos menos favorecidos socialmente. Neste sentido, a OSN UFF homenageia outro grande mestre, que também tem seu centenário de nascimento em setembro: Zé Keti, que cumpre o desejo de Freire ao repercutir pensamentos e vozes das comunidades. Após a exibição do vídeo, que conta ainda com a participação de jovens músicos do projeto social Orquestra de Cordas da Grota, o público terá a chance de conhecer um pouco mais deste trabalho e da influência dos dois grandes mestres, numa conversa com representantes da OSN UFF, do Centro de Artes e da Orquestra de Cordas da Grota.


20h - Apresentação artística:  espetáculo teatral Paulo Freire e o mundo lá fora
Coletivo En La Barca Jornadas Teatrais

“Paulo Freire e o mundo lá fora” é uma série de 6 exercícios cênicos curtos para o formato remoto em audiovisual. Os exercícios são feitos a partir da peça A Casa e o Mundo lá fora – Cartas de Paulo Freire para Nathercinha, cuja circulação está paralisada em virtude da pandemia. 

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26/09 | Domingo


17h30 - Apresentação artística:  espetáculo teatral Paulo Freire - o andarilho da utopia

Com base no legado deixado por Paulo Freire, o ator Richard Riguetti, o encenador Luiz Antônio Rocha e o dramaturgo Junio Santos  decidiram levar a emocionante e inspiradora vida do educador para os palcos. A peça propõe uma reflexão cenopoética, a partir da ótica freireana, misturando elementos teatrais, de palhaçaria e do teatro de rua. 

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20h - Apresentação artística: espetáculo teatral Doidinho para trabalhar Grupo Pirei na Cenna

Construída no formato Teatro Fórum, a peça aborda a inclusão no mercado de trabalho, através da personagem Serverino, usuário de saúde mental que, após receber alta de um hospital psiquiátrico, decide procurar um novo emprego. Ele consegue, mas ao revelar para os patrões que toma remédios, é demitido.

O grupo de Teatro Pirei na Cenna foi criado a partir de oficinas de Teatro do Oprimido para pacientes do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, em Niterói, em agosto de 1997.

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27/09 | Segunda - COMPARTILHAR


10 às 11h30 e 13h às 14h30 - Minicurso: Paulo Freire e a educação nos terreiros
Ministrado por: Stela Caputo

As vivências e experiências compartilhadas nos terreiros descortinam uma série de reflexões sobre aprender-a-aprender ou aprender-ensinar numa perspectiva freireana. Os terreiros ensinam crianças, jovens e adultos. Nesta oficina estes saberes serão dispostos para ampliar possibilidades que contemplem a implementação da Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em todos os níveis de ensino no país. Trata da língua e da cultura como meios de resistência cultural afro-diaspórica, contribuindo para a promoção da inclusão e para a superação das desigualdades étnicas, raciais e de saberes compartilhados pela sociedade brasileira.


13h - Oficina de língua e cultura Yorubá
Ministrado por: Márcio de Jagun e Wassi Kamal Amoussa
Mediação: Viviana Gelado

Oficina de sensibilização da língua e da cultura yorubá. Se propõe a oferecer subsídios para a implementação da Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em todos os níveis de ensino no país. Trata da língua e da cultura como meios de resistência cultural afro-diaspórica, contribuindo para a promoção da inclusão e para a superação das desigualdades étnicas, raciais e de saberes compartilhados pela sociedade brasileira. Parceria Encontro de Saberes e PROLEM/UFF.

  


15h - Mesa: Encontros e saberes compartilhados
Participantes: Lygia de Oliveira Fernandes, Marcia Regina Vital da Silva (Mãe Marcia du Sàkpáta), Maria de Fátima da Silveira Santos (Fatinha do Jongo de Pinheiral)
Mediação: Elaine Monteiro 

Mestras dos saberes tradicionais e docentes se encontram para a partilha de saberes e de vivências na educação escolar e na universidade. Projeto Encontro de Saberes UFF.

   


18h - Conferência: Compartilhar a vida, respeitar a diferença e transformar mundos
Conferencista: Carlos Rodrigues Brandão
Moderação: José Renato Porto 

A partilha da vida é o que faz da vida um movimento. Compartilhar mundos e sonhos possíveis, no limiar da liberdade e das utopias, é a caminhada do povo que nos traz a luz e nos indica os caminhos a seguir. As vivências de Carlos Rodrigues Brandão, semeadas ao longo de sua trajetória na Educação Popular, na Antropologia e nos diálogos com os movimentos e suas gentes, nos inspiram aqui a pensar em múltiplas interações educativas, de saberes e práticas que se fazem mais potentes quando afetadas por histórias, experiências e sensibilidades que traçam os contornos da vida.


20h - Apresentação artística: Terreirada dos Erês com mestre Kotoquinho

O terreiro está em todos os lugares, a sala de nossas casas é um terreiro, onde nós sentamos com as nossas crianças, nos reunimos para conversar, brincar, compartilhar e escrever a nossa história. A apresentação vem saudar, ao som dos tambores, a força da vida que sempre se faz presente e re-existe em nós. Vamos tocar, cantar à ancestralidade dos orixás, abrindo o terreiro e criando espaços para os nossos erês, para a criança que segue habitando e vibrando cada um de nós, por toda a vida.

 

28/09 | Terça - POETIZAR


10h - Oficina: Sensibilização do Teatro do Oprimido
Ministrado por: Centro de Teatro do Oprimido

A oficina de sensibilização de Teatro do Oprimido é um espaço que visa aprofundar, através da arte – propriamente dita, o Teatro do Oprimido – questões opressivas, buscando alternativas concretas para a situação de injustiça. A proposta se baseia no uso do Teatro do Oprimido como instrumento facilitador de diálogo e de comunicação lúdica, dinâmica e eficaz, de fácil assimilação, multiplicação, e de baixo custo, para o desenvolvimento de ações socioculturais que visem à transformação da realidade.


13h - Oficina de língua e cultura Guarani
Ministrado por: Algemiro Karai Mirim e Leandro Kuaray Mimbi
Mediação: Viviana Gelado

Oficina de sensibilização da língua e da cultura guarani. Se propõe a oferecer subsídios para a implementação da Lei 11.645/2008, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura dos povos indígenas em todos os níveis de ensino no país. Trata da língua e da cultura como meios de resistência cultural dos povos originários, contribuindo para a promoção da inclusão e  a superação das desigualdades étnicas, raciais e de saberes compartilhados pela sociedade brasileira. Parceria Encontro de Saberes e PROLEM/UFF.

 


15h - Mesa: Kyringue Mbya Reko - O modo Guarani Mbya de ser criança
Participantes: Karai Papa, Algemiro Karai Mirim e Domingos Nobre 
Mediação: Pedro Gradella

A partir do filme Kyringue Mbya Reko, que apresenta reflexões a respeito do que vem ocorrendo com o universo simbólico infantil discutindo os impactos da escolarização e da chegada da luz, no cotidiano de crianças indígenas da aldeia Sapukai em Angra dos Reis (RJ), será discutida a importância do audiovisual como um fazer libertador na educação indígena.

   


18h - Conferência: Palavra que lavra, que semeia ideias no coração de todos
Conferencista: Tatiana Henrique
Moderação: Robson Leitão

Perpassado pelo pensamento freireano, a atuação artístico cultural de Tatiana Henrique está impregnada pela força da palavra, escrita e principalmente no campo da oralidade, resgatando tradições que rememoram ancestralidades dos povos pretos de origens africanas. E não só! Ela faz uso da palavra que cria, da palavra que reverbera ideias e planta sementes. Palavra que gera ações, frias e contundentes ou poéticas e calorosas. Palavra é potência que, dentro dela, contém outra palavra: “lavra”, trabalho, arado, semeadura na fértil terra da mente humana. Palavra que planta e colhe, como quis Freire em sua errância pelo mundo em prol de uma educação libertadora.


20h - Apresentação artística: Ritmo, Ancestralidade e Poesia - Wescritor 

Wescritor é escritor, ator, compositor e cantor, indígena do Povo Tupinambá de Olivença, nascido e criado na Baixada Santista-SP. Tem como objetivo levar consciência, amor, espiritualidade, força e igualdade para todos que se identificam com suas expressões artísticas. É dono do selo artístico Palavrando e também integrante do grupo SOS.


29/09 | Quarta - LUTAR


10h - Oficina Bordados de resistência - Coletivo Linhas do Horizonte (2º momento)
Ministrada por: Coletivo Linhas do Horizonte e Célia Gouvea (UFF)

Oficina de bordação de material de protesto (bandeiras, bottons, panfletos, cartazes, máscaras etc.).  Denúncias que refletem situações de opressão e urgência de transformação social, principalmente no momento em que vivemos. Compartilhamento de experiências nesta linguagem popular que é o bordado, como intervenção no mundo por esta pedagogia do concreto. 

Material necessário: Linhas, agulha, tecidos, roupas usadas, papelão ou qualquer material que sirva para a bordação.


15h - Mesa: O legado freireano e a resistência dos movimentos sociais
Participantes: Rubneuza Leandro de Souza, Givânia Maria da Silva e Rodrigo Lopes
Mediação: Mônica Dias

A pedagogia libertadora de Paulo Freire é um instrumento fundamental no processo de conscientização e constituição dos movimentos sociais. Nesta mesa, representantes do Movimento Sem Terra, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas e da Associação dos motofrentistas por aplicativos em Pernambuco trazem a importância da práxis pedagógica freireana para a luta pela reforma agrária, pelo direito ao território das comunidades quilombolas e contra a precarização das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores de entregas por aplicativo.
 
   


18h - Conferência: Lutar: Caminho Que Não se Percorre Só
Conferencista: Preta Ferreira
Moderação: Mônica Dias

A palavra movente dessa conferência é Lutar. Inspirado pelo mote dos temas geradores de Paulo Freire, a palavra Lutar tem em vista a luta diária de homens e mulheres nos territórios periféricos como um movimento que nos convida a uma ação de afirmação de existência e resistências. É um movimento contínuo pelo direito às minorias, aos oprimidos, aos marginalizados reconhecendo as potencialidades nas ações e nas insurgências desses em mudar o discurso hegemônico e a mentalidade que subalterniza, discrimina e oprime.


20h - Apresentação artística: Cine Debate  2ª sessão - Ciclo apalavrar: abrindo caminhos para a ressignificação

Inquietos com a dicotomia dos tempos em que vivemos, a Mostra Apalavrar é uma iniciativa de discentes da disciplina Imaginário Coletivo e Criação Cinematográfica, ministrada pela professora Tetê Mattos. A Mostra Apalavrar traz em sua programação, a ser realizada nos dias 23 e 29 de setembro, mostra de filmes e debates que tenham como objetivo principal estimular a reflexão e a consciência acerca da interferência da Educação na vida cotidiana do sujeito, proporcionando libertação, esperança e autonomia.

Texto Curatorial:

Apalavrar é ação. O artista Jef Rodriguez a coloca como “a pá que lavra a terra”, um instrumento de plantio e colheita para “rebentar as fronteiras”, como diz bell hooks. Paulo Freire trabalhou com as palavras geradoras que brotaram e floresceram, transformando a educação, utilizando-as para transcender a consciência do indivíduo. Da mesma forma, o cinema, através de sua linguagem, pode gerar uma leitura de mundo que estimule o sujeito a Ser-Mais, a enfrentar a opressão que quer tirar o seu existir. 

Filme - Complexos, 26 min
De Cafuné na laje 

Sinopse - Complexos é um filme que aborda os fazeres de artistas, comunicadores e pesquisadores moradores de favelas do Rio de Janeiro.

Debate: Participantes do coletivo Cafuné na laje 
Mediação: Ana Clara 

 

30/09 | Quinta


13h - Minicurso: Paulo Freire e a pedagogia griô aplicada ao ensino em saúde integrativa (2º momento)
Ministrado por: Adriana de Holanda

Momento de diálogos  sobre conceitos e ideias freireanas inseridas nos princípios da pedagogia griô, e sua inserção  na educação em saúde integrativa, destacando os ensinamentos das medicinas dos povos tradicionais, especialmente das narrativas de cura da Jurema Sagrada. 

Serão abordados contextos culturais e espirituais, que atravessam as narrativas e memórias de cura e saúde, no território brasileiro.


15h - Mesa: Políticas afirmativas: resistência e emancipação
Participantes:  José Jorge de Carvalho, Júlio Cesar de Souza Tavares e Rosani Kaingang
Mediação: Alexandra Anastácio 

Partindo da educação como exercício de autonomia e emancipação, as ações afirmativas na experiência brasileira são uma demanda social que traduzem a carga de um passado discriminatório que gera exclusão e intolerância à diferença e à diversidade.
 
Hoje, as ações afirmativas também apontam para um caminho que é a descolonização do saber e a ampliação epistêmica nas Universidades com a introdução dos diferentes conhecimentos e formas de compreensão do mundo, assim como os de matriz negra, africana, indígena e os diferentes saberes tradicionais e populares.

   


18h - Apresentação Artística:
Quintareira Virtual: afirmando identidades 
Grupos/Artistas: Ujimagang, Awa, e Akil

Contando com apresentações artísticas de estudantes da Universidade Federal Fluminense, a roda cultural “Quintareira Virtual: afirmando identidades” busca abordar o tema das ações afirmativas e sua importância no combate às discriminações e desigualdades. Sua realização em uma quinta-feira se dá em homenagem aos encontros sociais e artísticos promovidos pelos estudantes na Praça Leoni Ramos, mais conhecida como Cantareira.

20h - Apresentação Artística: Cátia de França 

 

01/10 | Sexta

18h - Conferência: Educação como prática política: o legado de Paulo Freire
Conferencista: Luiza Erundina
Moderação: Fernando Penna

Quando se pensa em dignidade e força das mulheres na política no Brasil, a luz que nos chega é de Luiza Erundina. A deputada federal vem devotando sua vida à construção de um Brasil mais justo e igualitário.

Um dos pilares mais importantes para a transformação de um país é a educação. Quando prefeita da cidade de São Paulo (1989-1993), teve ao seu lado, como secretário da pasta, Paulo Freire. Juntos, construíram um projeto de educação que foi um marco. Erundina também foi a autora da proposta que culminou com a promulgação da Lei 12.6212/2012, que concedeu o título de patrono da educação brasileira a Paulo Freire.


21 a 30 de setembro de 2021
Transmissões via Youtube do Centro de Artes UFF


Universidade Federal Fluminense

Reitor - Antonio Claudio Lucas da Nóbrega
Vice Reitor - Fábio Passos

Centro de Artes UFF

Superintendente - Leonardo Guelman 
Assistente da Superintendência - Izaura Mariano
Coordenador de Artes - Pedro Gradella
Coordenador de Música - Robson Leitão

Gerente Administrativa e Financeira - Vera Galvão
Gerente de Artes Visuais - Suane Queiroz
Gerente do Cinema -  Lívia Cabrera
Gerente de Música de Câmara - Alexandre Mangeon
Gerente de Música Sinfônica - Águeda Sano
Gerente de Comunicação - Nathália Mendonça
Gerente do Teatro - Gisella Chinelli

Pró-Reitoria de Graduação
Pró-reitora – Alexandra Anastácio

Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
Pró-reitor – Leonardo Vargas

Faculdade de Educação
Diretor – Fernando Penna

Instituto de Educação de Angra dos Reis
Diretor - José Renato Porto

 

11º Interculturalidades - Primaverar, viver Freire


Coordenação Geral - Leonardo Guelman
Consultoria - Monica Dias
Produção executiva - Águeda Sano

 

Comissão organizadora

CEART - Alan Adi, Izaura Mariano, Janaína Dias, Leonardo Guelman, Lusimar Andrade, Mônica Dias, Nathália Mendonça, Pedro Gradella, Suane Queiroz, Robson Leitão
PROGRAD - Alexandra Anastácio, Nelma Cesário
PROAES - Leonardo Vargas
FEUFF - Fernando Penna, Maria Nazaré Salutto de Mattos e Nivea Maria da Silva Andrade
IEAR - Augusto Lima, Domingos Nobre e José Renato Porto

 

Produção
Águeda Sano, Alexandre Mangeon, André Lapa, Fábio Lima, Gisella Chinelli, Izaura Mariano, Janaína Dias, Juliana Gomes, Livia Cabrera, Luiza Cardoso, Lusimar Andrade, Monica Dias, Nathália Mendonça, Selene Ferreira, Robson Leitão e Thaynná Curcino

Transmissão das lives - Arthur Waismann, Erik Maia e Rafael Maia

Administrativo e financeiro - Izaura Mariano e Luisa Ribas

Produção de textos - Leonardo Guelman, Mônica Dias, Nathália Mendonça e Robson Leitão

Exposição - Alan Adi (curadoria), Gisella Chinelli, Pedro Gradella, Suane Queiroz, Luiza Cardoso e André Lapa

Comunicação e arte
Identidade visual selo do projeto - Carlos Gomes
Web designer - Maxini Matos
Programação Visual - Carlos Gomes, Felipe Alves, Maxini Matos, Roberto Fanara e Sol Klapztein 
Assessoria de imprensa - Renata Cunha
Redes sociais - Isabella Cristo, Laysa Santos, Rachel Vahia, Renata Cunha e Thaynná Curcino
Vinheta - Carlos Gomes e Ravi Chvaicer

Produção de material para linguagem acessível - Marianna Kutassy

Intérpretes de libras nas lives - Juliete Viana, Luan Oliveira e Thamires Alves

 

Vídeos dos Grupos de Música da UFF

QUARTETO DE CORDAS DA UFF

Música: Quarteto de cordas nº 2 em ré menor: “Brasileiro” - I Allegretto con moto
Compositor: César Guerra-Peixe (1914-1993)

Músicos: Violino I - Tomaz Soares | Violino II - Ubiratã Rodrigues | Viola - Clara Santos | Violoncelo - Glenda Carvalho
Edição de áudio: Diego Silva
Edição de vídeo: Thiago Teixeira

MÚSICA ANTIGA DA UFF

Músicas: Touro encantado e Pedra encantada
Compositores: Músicas tradicionais de compositores desconhecidos
Músicos: Cecilia Aprigliano, Leandro Mendes, Mário Orlando, Rosimary Parra e Sônia Leal Wegenast
Edição de áudio: Mário Orlando
Edição de vídeo: Thiago Teixeira

 

ORQUESTRA SINFÔNICA NACIONAL UFF 

Comissão Artística 2021-2022: Álvaro Carriello, Cláudio Alves e Luiz Henrique Lima
Música: Acender as velas e A voz do Morro
Compositor: Zé Keti (1921-2021)
Arranjos: Rafael Barros Castro
Inspetor: Alexandre Castro
Músicos participantes
1º Violinos - Ana de Oliveira, Yuri Reis, Anderson Pequeno e Leonardo Fantini
2º Violinos - Luiz Henrique Lima, Aysllany  Edifrance, Keeyth Vianna e Daniel Andrade
Violas - Reneide Gonçalves e Carlos Henrique Fernandes
Violoncelo - Daniel da Silva e Hudson Lima
Contrabaixos  - Gael Lhoumeau e Damu Shiva
Flauta - Paula Martins
Clarineta - César Bonan
Oboé - Rodrigo Herculano
Fagote - Cosme José Marques
Trompa - Marco Vilas Bôas
Trombone - Eliseu Assis
Trompete - Flávio Melo
Percussão - Rafaela Calvet, André Santos e Sérgio Naidin
Participação dos integrantes da Orquestra de Cordas da Grota: Jorge Junior (1º violino), Rafael Almeida (2º violino), Marcos José Vieira Dias (viola) e Raquel Terra (violoncelo)
Edição de áudio: Diego Silva
Edição de vídeo: Thiago Teixeira
Poema: Som (Luiz Henrique Lima)
Vozes: Keeyth Vianna e Luiz Henrique Lima
Captação de imagens: Luiz Felipe Ferreira

Agradecimentos
Amanda Hadama, Daniel Cahon, Johnny Menezes, Viviana Gelado

VÍDEO

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