Espaço UFF de Fotografia inaugura duas exposições

O Espaço UFF de Fotografia Paulo Duque Estrada apresenta duas exposições do mesmo autor, Luiz Sisinno, chamadas Bonequinho e Amores Instantâneos.

Em Bonequinho, estão imagens que ganharam fama em redes sociais, imagens que desafiam o convencional e jogam com “o febril poder das selfies”, no dizer do próprio autor. Assim é o projeto fotográfico realizado ao longo dos últimos três anos em Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Londres e Berlim, sempre com cenas protagonizadas pelo “Bonequinho”, personagem-título da mostra.
O Bonequinho, na verdade, é um rapaz estático e sério, mas cheio de força e expressão ao interagir com atrações turísticas, obras de arte e paisagens vibrantes. Luiz Sisinno preparou ainda uma série inédita de 16 fotos em homenagem à cidade de Niterói, que poderão ser vistas também a partir do dia 20 de outubro no espaço UFF de Fotografia.

Com apenas um smartphone, acrescenta o autor, é possível criar uma obra artística e envolver olhares diversos. Luiz Sisinno é formado em Cinema pela UFF. Com mestrado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha como produtor de arte da Rede Globo há 15 anos. Na Rede Globo atuou na produção de arte em apresentações como O Auto da Compadecida, Chiquinha Gonzaga, O Clone, Coração de Estudante, Sabor da Paixão, Sítio do Picapau Amarelo, Toma Lá Dá Cá, A Vida Alheia, O Dentista Mascarado, O Caçador e Tá no Ar.

Em Amores Instantâneos, Luiz Sisinno pretende mostrar a solidão que surge por trás da grande onda de aplicativos de relacionamento. Utilizando fotos antigas abandonadas, algumas da própria família e outras garimpadas em feiras de antiguidade, combinadas com textos de perfis do aplicativo Grindr, gravados com uma rotuladora Sylvapen – um objeto já fora de uso, Luiz Sisinno quer mostrar a solidão em épocas distintas, mas num diálogo atualizado.

Amores Instântaneos é um retrato contemporâneo do homem que tem toda a tecnologia à sua disposição, mas de certa forma é o mesmo de há cem anos sempre buscando escapar da solidão, da morte e do esquecimento.

A curadoria das duas mostras é do professor de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em Estudos Cinematográficos pela New York University, João Luiz Vieira.

Duo Sarah Higino e Helder Teixeira

Formado desde 1989 o duo, integrado por Helder Teixeira na flauta e Sarah Higino no piano, vem se apresentando em diversas cidades do Brasil. Visando explorar ao máximo o repertório para esta formação, o duo evolui do barroco ao contemporâneo com desenvoltura.

Nascidos no Estado do Rio de Janeiro e graduados pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sarah exerce intensa atividade como recitalista e em 1994 obteve o Título de Mestre em Música – Piano, pela UFRJ. Helder aperfeiçoou-se na Bulgária, obteve seu título de Mestre em Música – Flauta, em 1998, também pela Escola de Música da UFRJ, e atualmente cursa seu Doutorado em Flauta na UFBA.

 

PROGRAMA

SCARLATTI, Domenico – Sonata in D minor

GODARD – Valsa Op. 116

GUILL POPP – La Chasse

HUBAY, Jenö – Hejre Kati – Scene from the Czárda

BORNE, François – “Carmen” Fantasy

BRAHMS, Johannes – Cradle-song

CZERNY, Carl – Duo Concertante

SILVA, Pattapio – Oriental

BOLLING *
Barroque and Blue
Sentimentale
IrlandaiseFugace
* Participação especial: contrabaixista Daniel Magalhães

Integrantes do Duo
HELDER TEIXEIRA flauta
SARAH HIGINO piano

Exposição Ocupação Casa Comum

O Espaço UFF de Fotografia Paulo Duque Estrada irá receber durante o Festival a “Ocupação Casa Comum”.O projeto parte da reflexão espacial sobre as casas do sertão nordestino e seus habitantes. As moradias guardam uma arquitetura baseada no tripé “sala de santo-morada-oficina” ditada por Padre Cícero Romão e que orienta ainda a organização das casas dos mais antigos.

O sertanejo quando transforma seu lar em um museu particular ao colocar fotos impressas e emolduradas de familiares e entes queridos em via de celebração, intensifica a fotografia como instrumento de desvio ao divino. Logo, a exposição amplia a discussão sobre o poder e uso da imagem no entendimento do sertão brasileiro.

Criação: Alan Adi e Leonardo Guelman.

AZUL e ENCARNADO

O Projeto propõe unir na Galeria de Artes UFF residência, ateliê, exposição, oficina e seminário com o intuito de discutir e apresentar as fronteiras entre arte contemporânea e popular. Nesse contexto, será apresentada a exposição ‘Azul Encarnado’ com obras de artistas brasileiros de diferentes gerações e regiões, despertando questões sobre os cenários de atuação do ofício desta arte.

AQUARIUS

Brasil/França, 2016, 141’, 16 anos
De Kleber Mendonça Filho
Com Sonia Braga, Maeve Jinkings, Irandhir Santos, Humberto Carrão

Clara mora de frente para o mar no Aquarius, último prédio de estilo antigo da Av. Boa Viagem, no Recife. Jornalista aposentada e escritora, viúva com três filhos adultos e dona de um aconchegante apartamento repleto de discos e livros, ela irá enfrentar as investidas de uma construtora que tem outros planos para aquele terreno: demolir o Aquarius e dar lugar a um novo empreendimento. Melhor Filme no Festival de Sydney 2016, Melhor Filme no Festival de Transatlantyk, Polônia, Prêmio do Júri e Melhor Atriz no 20º Festival de Cinema de Lima, Peru, e Melhor Filme no Festival World Cinema Amsterdam.