SELETORES DE FREQUÊNCIA

A banda foi formada durante as gravações do álbum “Enxugando Gelo”, do rapper BNegão, que depois batizou a rapaziada de “Seletores de Frequência”.

Junto com BNegão foram três álbuns: “Enxugando Gelo” (2003), “Sintoniza Lá” (2012) e Transmutação (2015). Todos os discos geraram turnês que rodaram as principais cidades do Brasil, América Latina e Europa.

As influências da banda são: Funk, Soul, Reggae, Dub, Afro, Samba, Jazz. Mas, acima de tudo, a missão de fazer uma música livre, sem rótulos.

A ideia de ter um formato instrumental sempre foi um desejo dos integrantes da banda. Tanto que todos os discos lançados com BNegão possuem músicas instrumentais. Destaque para “Surfin’ Astatke”, do disco Transmutação, que ficou em 10o lugar na lista das melhores músicas de 2015 pela revista Rolling Stone Brasil.

Em 2016 foi lançado o primeiro trabalho como banda instrumental: o EP “SF”, com quatro faixas, abriu os caminhos para que os Seletores pudessem montar um show exclusivo, combinando novas composições e releituras de músicas dos três discos lançados com o rapper. O show passou pelos principais palcos do Rio de Janeiro e pela Virada Cultural de São Paulo, em 2018. Nesse mesmo ano, veio o convite de Dado Villa-Lobos e do produtor Estevão Casé para gravar um disco inteiro instrumental, só de inéditas, pelo selo Rockit!. Foram dois anos preparando o álbum “Astral”, lançado em junho de 2020 em todas as

plataformas digitais. O primeiro show, depois do lançamento do disco, aconteceu em Março de 2021 durante o Festival Rockit! realizado remotamente e transmitido pela internet. O resultado virou um disco ao vivo, lançado em maio de 2021. “Seletores de Frequência no Festival Rockit!” pode ser conferido nas principais plataformas de música.

O passo seguinte foi o lançamento em LP do álbum “Astral”, que chegou em Dezembro de 2021 nas melhores casas do ramo, em edição limitada em vinil preto ou verde. Uma parceria da banda com os selos paulistas All Music Matters e Loop Play Discos.

Em Julho de 2022, a banda apresentou uma versão inédita de “Guns of Brixton”, clássico do The Clash, na edição comemorativa de 500 edicões do Programa Ronca-Ronca, de Maurício Valladares.

 

SELETORES DE FREQUÊNCIA

Pedro Selector (trompete)

Robson Riva (bateria)

Bruno Pederneiras (baixo)

Sandro Lustosa (percussão)

Marco Serragrande (trombone)

Gilber T (guitarra)

 


10 de novembro de 2022
Quinta | 20h
Classificação Indicativa: Livre
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói – RJ
Ingressos: R$40,00 (inteira) R$20,00 (meia)
Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff

Livre-jogos

Na Galeria do Centro de Artes UFF, a exposição individual Livre-jogos, do artista visual Luciano Vinhosa, apresenta cinco grupos de trabalhos desenvolvidos em diferentes tempos, mas que se intercomunicam pelo princípio da contingência e da ressignificação: Agenciamentos Territoriais (2000-2004); Pequeno Gesto (2013); Complexo Vênus (2019); Metafísica dos Objetos (2022); e [Para][Doxas] (2022).

“Todos os trabalhos surgem a partir de minhas incursões nas cidades e dos encontros com objetos e situações que despertaram em mim certas intuições, a princípio, confusas, mas com o tempo e a convivência, seja em forma de arquivos fotográficos, seja como coisas colecionáveis, foram clarificando e organizando-se em universos de sentidos intrínsecos. Em Livre-jogos, o que importa é a mínima intervenção, a realocação dos significantes, a ligeireza de espírito. Antes de tudo, o que está em jogo é a economia do olhar”, afirma Luciano Vinhosa.


Inauguração 25 de outubro de 2022
Terça | 18h
Visitação 26 de outubro a 10 de novembro de 2022
Segunda a sexta 10h às 22h
Sábados e domingos 13h às 22h

LUZ DOS TRÓPICOS – MARGOT BENACERRAF EM TORNO DE REVERÓN

Reverón (1952), média-metragem documental de aproximadamente 25 minutos, foi o primeiro filme da diretora venezuelana Margot Benacerraf. Dedicado à compreensão da obra do pintor que empresta nome ao filme, a obra se insere em uma movimentação feita por parte do cinema latino-americano, nos anos 1950, a qual tinha como objetivos o afastamento dos padrões hollywoodianos de estética cinematográfica, assim como a visibilização da cultura e da realidade daquela região para as telas.

No ano em que Reverón completa 70 anos do seu lançamento, o projeto Reverón 70 anos é uma ação que inclui uma série de exibições e sessões-debates, além de uma exposição fotográfica com registros dos bastidores da filmagem, que será realizada em diversas universidades do país, sob a curadoria da pesquisadora e professora Nina Tedesco. O projeto conta com assessoria da própria Margot Benacerraf e de Milvia Villamizar, responsável pelo acervo da Fundación Margot Benacerraf, especialmente para a efeméride. Conta, ainda, com o apoio da Milestone Film & Video, na cessão gratuita da cópia.

Identificado como parte dos antecedentes de um movimento que ficou conhecido como o Nuevo Cine Latinoamericano, os méritos de Reverón não passaram desapercebidos à sua época. Além de premiado em seu país, foi exibido pelas Cinematecas Francesa e Belga (1953) e Argentina (1956), e nos festivais de Cannes, Berlim, Edimburgo e Sodre (Montevidéu) (1953), e Mannheim (1956). Críticos de renome da época, como André Bazin e Lotte H. Eisner, chamaram a atenção para a força poética do filme de Benacerraf, ainda que sua circulação não tenha se dado de forma mais ampla, mantendo-o em um circuito limitado de exibições.

Reverón é um filme histórico, cuja importância deve ser vista hoje, também, pela qualidade de suas imagens, pelo seu tema e pela sua linguagem, que dialoga em diversos elementos com o documentário contemporâneo.

No Rio de Janeiro, a abertura do conjunto de ações que homenageiam os 70 anos de Reverón será realizada no dia 25 de outubro, às 18hs, no Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, e contará com a exposição intitulada “Luz dos trópicos: Margot Benacerraf em torno de Reverón”. A exposição apresenta 24 fotografias, que mostram os bastidores do filme, desde a pré-produção até a exibição.

Além das fotos, haverá um depoimento da diretora, que completou 96 anos em agosto de 2022, e, às 19hs do dia 25, a exibição do filme em cópia digital de alta qualidade, seguida de debate. O circuito no qual o filme deverá circular inclui mais de uma dezena de universidades e escolas de cinema do país. Toda a programação do circuito vai ser postada em @reveron70anos (Instagram) e @reveron70anos (Facebook).

SOBRE A DIRETORA

Margot Benacerraf nasceu em Caracas, em 1926. Graduou-se na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Central da Venezuela e, posteriormente, estudou no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos – IDHEC, em Paris. Além de Reverón, dirigiu Araya (1959), que, entre outros prêmios, ganhou o Prêmio Internacional da Crítica (FIPRESCI) e o Prêmio da Comissão Superior Técnica do Cinema Francês, no Festival de Cannes. Para além da realização fílmica, Benacerraf foi fundadora da Cinemateca Nacional, na Venezuela, e da Fundavisual Latina, vocacionada para a promoção do audiovisual na América Latina, em várias esferas. Atualmente, preside a Fundación Margot Benacerraf.