Conteúdo Principal
UFF - Universidade Federal Fluminense

Mãe Baiana

De 27/04/2024 a 28/04/2024

 

O espetáculo faz parte da trilogia “Matriarcas”, ao lado de “Mãe de santo” e “Mãe preta”, idealizado pela atriz Vilma Melo e o produtor cultural Bruno Mariozz. A peça parte da perda de um filho, fato que Helena Theodoro viveu quando seu menino de quatro anos morreu afogado. Apesar da premissa triste, as autoras preocuparam-se em não pesar o espetáculo, até porque a personagem da avó – assim como a autora – sofre, mas entende a morte. No início, a neta não compreende, mas passa a entender ao longo da história. 

Todo o pensamento da filósofa e primeira doutora preta do Brasil Helena Theodoro passa por suas experiências pessoais e afirma o princípio feminino preto com todas as suas possibilidades de existir, conservar, transformar e melhorar o mundo. 

“Esse espetáculo é sobre relações – sobre relação de avó e neta, relação com a morte, com a cozinha, com a religião. A gente vai se transformando nos nossos, a gente vai se vendo... Escrever com a Renata Andrade foi um doce exercício de memórias, em que fomos lembrando histórias das nossas famílias”, conta Thaís Pontes, que recorda as conversas com a avó durante as madrugadas na cozinha de casa.

Para o diretor Luiz Antonio Pilar, a concepção de “Mãe baiana” nasce da proposta do texto. Nele, estão os conflitos de gerações e de conceitos entre uma jovem mulher de seus 20 e poucos anos e sua avó, octogenária. 

“Um conflito que não significa necessariamente violência ou brigas, mas as diferenças de ideias de tempos que já passaram. São dois mundos diferentes que hoje estão no mesmo espaço”, analisa o diretor, que fala também sobre a perspectiva racial da montagem. “Me ressinto com a dramaturgia nacional que quando vai falar do negro, principalmente o urbano, é sempre no conflito da violência. A questão nunca é contraditória ou está na diferença de perspectiva. É sempre no jovem negro matando ou morrendo, da família desconstruída, da falta de afeto. Em ‘Mãe baiana’ o conflito está inserido numa sociedade cotidiana e na família geracional, constituída por mulheres, convivendo no mesmo espaço”, finaliza Pilar. 

O cenário criado por Renata Mota e Igor Liberato é composto por ambientes de uma casa, divididos entre sala, cozinha e quintal onde avó e neta conversam, cozinham e recordam as histórias da família. No quintal, são usados dez quilos de terra e de sementes de girassol.

Ficha técnica:

Argumento: Helena Theodoro
Texto: Thaís Pontes e Renata Andrade
Direção: Luiz Antonio Pilar
Elenco: Dja Marthins e Luiza Loroza
Direção Musical: Wladimir Pinheiro
Direção de Produção: Bruno Mariozz
Diretora  Assistente: Lorena Lima
Iluminação: Anderson Ratto
Figurino: Clívia Cohen
Cenário: Renata Mota e Igor Liberato
Elementos Cenográficos: Clívia Cohen
Visagismo: Késia Lucas
Programação Visual: Patricia Clarkson
Design Gráfico: Rafael Prevot
Comunicação: Natasha Arsenio
Assessoria de Imprensa: Catharina Rocha e Paula Catunda
Produção Executiva: Walerie Gondim
Assistente de Produção: Mariana Pantaleão
Artesãs: Cíntia Miller, Winnie Nicolau, Ludmila Azevedo, Maria de Paiva
Cortador: Alex Coutinho
Cenotécnico: André Salles
Coordenação Financeira: Ingryd Cardozo
Contabilidade: Davi Andrade
Idealização: Bruno Mariozz e Vilma Melo
Produção e Realização: Palavra Z Produções Culturais


27 e 28 de abril de 2024
Sábado 20h | Domingo 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí - Niterói
Ingressos: R$ 30 (inteira) - R$ 15 (meia)
Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria

VÍDEO

Sem vídeos no momento

Você também pode gostar...

Procure outras atrações

0 COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

WordPress Video Lightbox Plugin