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UFF - Universidade Federal Fluminense

LiberTango em “Tangos hermanos”

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Com mais de 20 anos de carreira, o trio LiberTango faz jus ao nome, trazendo liberdade criativa, em reverência à obra de Piazzolla, mas se permitindo cada vez mais avançar numa proposta contemporânea, abrindo fronteiras rumo a uma linguagem universal do tango, em seu diálogo com a música clássica.  Para o crítico Mauro Ferreira, o grupo faz uso dessa “liberdade estilística” a fim de “explicitar toda a influência exercida pelo ritmo argentino sobre os hermanos da América Latina, sobretudo os brasileiros”.

O LiberTango é formado pela pianista argentina, radicada no Brasil, Estela Caldi, e dois dos seus filhos, Alexandre Caldi (sopros) e Marcelo Caldi (acordeom). O título do espetáculo Tangos Hermanos sinaliza a oportunidade (e mesmo a necessidade) de se buscar meios, dentro da arte, de se abraçar as variadas culturas que convivem cada vez mais próximas, aglomeradas nos centros urbanos, promovendo um encontro que a música demonstrou ser possível.

As celebrações em torno dos 150 anos de nascimento de Ernesto Nazareth em 2013 foram uma das razões que levaram o trio a assumir as raízes do chamado tango brasileiro. O resultado dessa nova fase está em peças que trazem releituras tangueadas do compositor, como Encantada, Tenebroso, Nove de julho e Plangente.

Estela Caldi acredita que o caminho da família, de agora em diante, é o de aprofundar a pesquisa em outros autores brasileiros, mas sem deixar para trás os geniais compositores de sua terra natal. Prova disso está em Bandoneon, em que Marcelo Caldi transpõe para a sanfona as minúcias e sonoridades semelhantes à versão original do bandoneon de Astor Piazzolla.

Nascido e consagrado na Argentina, o tango ganhou o mundo com a dança e também a partir da obra de Piazzolla, que inseriu o gênero nas mais respeitadas salas de concerto. No Brasil ainda há quem se lembre dos sucessos de Carlos Gardel, entre os anos 1920 e 1940. Com este novo trabalho, o LiberTango reafirma a extraordinária força do ritmo latino e o insere definitivamente na agenda musical brasileira do século XXI.

Sobre o LiberTango – Tango em Família - O grupo LiberTango mantém vivo o legado do argentino Astor Piazzolla em terras brasileiras e é a prova do profundo diálogo musical entre os dois maiores países da América do Sul. Baseado no Rio de Janeiro, o trio é formado pela pianista Estela Caldi e por dois de seus filhos, Alexandre Caldi (saxofones e flautas) e Marcelo Caldi (acordeom).

Além do álbum Tangos hermanos, possui outros três discos gravados: LiberTango – a música de Astor Piazzolla (Delira, 2005), Cierra tus ojos y escucha (Delira, 2007) e Porteño (Delira, 2010). Os amantes de tango no Brasil costumam lotar as apresentações do grupo. O sucesso mais recente foram os shows ao lado de Soraya Ravenle no Theatro NET e no Teatro Rival (2014 e 2015), além da estreia com a atriz-cantora no Festival Internacional Tango Brasil, no CCBB-RJ, em dezembro de 2013. Foi o destaque do Festividade – Festival da Terceira Idade, em 2014, no Teatro da Uerj, ao lado das cantoras Nina Wirtti e Grazie Wirtti. Em 2013, o grupo se apresentou em São Paulo, no Teatro Décio de Almeida Prado; em Londrina, no Festival de Inverno; em Belo Horizonte, no Festival Internacional de Acordeom, entre outros. Foi destaque na Fundação Eva Klabin, lotando a casa por três noites consecutivas (feito inédito), na Sala Funarte Sidney Müller e na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro. Já em 2012, o grupo foi destaque na programação do Centro Municipal de Referência da Música Carioca e se apresentou no Programa Sala de Concerto, com Lauro Gomes, na Rádio MEC. O LiberTango bateu recorde de público no Teatro Carlos Gomes, em agosto de 2011 e foi casa cheia no Teatro da Academia Brasileira de Letras, em novembro do mesmo ano.

Estela Caldi - Mestre em piano pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lançou o disco Villa-Lobos por Estela Caldi, patrocinado pela Fundação Universitária José Bonifácio. Gravou participações especiais em obras de Ronaldo Miranda e Caio Senna, que a ela foram dedicadas, e no disco Origens (2011), de Leo Gandelman, entre outros.

Alexandre Caldi - Compositor, arranjador, produtor musical e professor, é um dos raros nomes do sopro brasileiro a incorporar influências latinas com requinte e expressividade em sua obra. Lançou o disco Festeiro, pela Delira, em 2008, e toca os saxofones soprano, alto, tenor e barítono, além de flauta, flautim e pífanos.

Marcelo Caldi - Um dos responsáveis pela revitalização atual da sanfona, vencedor do Prêmio Funarte Centenário de Luiz Gonzaga, através do qual lançou o CD e o livro de partituras Tem sanfona no Choro (apoio do IMS). Apresentou-se ao lado de grandes nomes da música como Gilberto Gil, Chico César, Elba Ramalho, Chico Buarque, Elza Soares e outros.

No programa do espetáculo Tangos hermanos, estão Tenebroso, Nove de julho, Plangente e Encantada (todas de Ernesto Nazareth), Estudo nº 3 para flauta solo, Bandoneon e Revolucionario (de Astor Piazzolla), Tango (Ronaldo Miranda), Tango (Igor Stravinsky), Tango número 2 (Diego Schissi), Estrela (Alexandre Caldi) e Acertando as contas com mamãe (Marcelo Caldi).    

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