Quarteto de Cordas da UFF

O quarteto segue sua temporada de concertos apresentando um programa com obras dos compositores brasileiros como Ricardo Tacuchian, Alberto Nepomuceno e o argentino Astor Piazzola.

Ricardo Tacuchian é brasileiro com ascendência armênia. Foi Professor Titutar de composição na UFRJ e na UNIRIO e tem aclamada carreira de compositor e regente no Brasil e no exterior.  Segundo o compositor O Quarteto de Cordas nº 1 “Juvenil” foi escrito em 1963, quando o estudava na UFRJ, sob a orientação de José Siqueira. A obra, estreada em 1964, apresenta uma tendência nacionalista, com sugestões de ritmos de danças populares e estruturas modais e pentatônicas.

Alberto Nepomuceno é considerado por muitos com um dos precursores do nacionalismo musical. O Quarteto de Cordas nº 3 tem o subtítulo “Brasileiro” conferido por Sérgio Alvim Correia nos anos 1960. Segundo o próprio, trata-se do “primeiro trabalho camerístico brasileiro a apresentar uma bem definida temática nativista”, reforçando o pioneirismo do uso de símbolos musicais como os ritmos de síncopes e contratempos utilizados no terceiro movimento “Intermezzo”, sendo definido por Nepomuceno como em “ritmo de lundu”.

O programa termina com o argentino Astor Piazzola que estudou com a mestra francesa Nadja Boulanger. No entanto, ao invés dele utilizar uma linguagem musical mais contemporânea em suas obras, Piazzola “reinventou” um estilo já consagrado na Argentina, o Tango.  Tango Ballet foi composta em 1956 em versão original para seu octeto de Tango. Nesse concerto será tocada uma transcrição para quarteto de cordas. Tenham todos um excelente concerto! 

Programa

Ricardo Tacuchian (1939)

Quarteto de Cordas nº 1 Juvenil (1963/64)

 Moderato;Allegro Assai

 Lento

 Allegro Vivace

Alberto Nepomuceno (1864 – 1920)

Quarteto de Cordas nº3 (1891)

Allegro Moderato

Andante

Intermezzo – Allegretto

Allegreto

 

Astor Piazzolla (1921 – 1992)

Tango Ballet, para quarteto de cordas

Titulos

La calle

Encuentro – Olvido

Cabaret

Soledad

La Calle

Integrantes do Quarteto de Cordas da UFF

TOMAZ SOARES 1º violino        

UBIRATÃ RODRIGUES 2º violino

NAYRAN PESSANHA viola (músico licenciado)  

JESSÉ MÁXIMO PEREIRA viola (músico convidado)

DAVID CHEW violoncelo

27 de maio de 2018
Domingo – 10h30

Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói/RJ
Ingressos: R$ 14 | R$ 7 (meia)
Classificação etária: Livre
Informações: 3674-7512 | a partir de 14h

Violúdico em MPBê a ba do bebê

Esta apresentação faz parte do “Brasil: A Margem”
 
Na confluência de várias efemérides – Dia do Índio, Descobrimento do Brasil, Tiradentes, São Jorge -, o Centro de Artes UFF propõe rever conceitos, usando a arte e a cultura como ferramentas de reflexão, no projeto “Brasil: A Margem”, entre os dias 17 e 25 de abril. Uma semana inteira repleta de eventos: debates, filmes, exposições, uma feira alternativa, concertos e shows de música popular. Com essa programação, o projeto aponta para o reconhecimento e a afirmação das margens de um Brasil efervescente e que carece se conhecer melhor.
 

Este é um show com formato inédito de um show interativo para as crianças, onde todas as brincadeiras serão geridas através de um repertório totalmente inesperado: grandes clássicos do repertório que compõe a MPB. 

Segundo os criadores do espetáculo, os pequeninos vão se divertir muito ao som de nomes como: Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Celly Campelo, Simonal, Jackson do Pandeiro e muitos outros, também da atualidade. Todo repertório dará sentido a brincadeiras únicas, propostas de forma leve e divertida, onde as crianças podem participar. 

O show funciona como uma espécie de contação lúdica musicada, que propõe uma viagem pelo Brasil, com uma banda formada pelos integrantes da Violúdico e pelo público que inclusive recebe instrumentos recicláveis, para tocar junto. Toda essa experiência desencadeia uma grande viagem pela MPB, onde os papais e mamães curtirão muito também.

O espetáculo, destinado a bebês e crianças de todas idades, contempla vários gêneros musicais brasileiros, sem nenhum preconceito, trazendo-os para o universo infantil e despertando o interesse das crianças pela música popular brasileira. Afinal, não existe música infantil nem música adulta. Existem canções boas e ruins. 

Os integrantes do Violúdico dizem também que rola um boato que terá até uma tirolesa para bebês, no palco do Teatro da UFF. Será? 

21 a 29 de abril de 2018
Sábados e Domingos – 16h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói/RJ
Ingressos: R$ 40 | R$ 20 (meia)
Classificação etária: Livre
Informações: 3674-7512 | a partir de 14h

MIB apresenta DARUA: Robertinho Silva e Foguete

Esta apresentação faz parte do “Brasil: A Margem”
 
Na confluência de várias efemérides – Dia do Índio, Descobrimento do Brasil, Tiradentes, São Jorge -, o Centro de Artes UFF propõe rever conceitos, usando a arte e a cultura como ferramentas de reflexão, no projeto “Brasil: A Margem”, entre os dias 17 e 25 de abril. Uma semana inteira repleta de eventos: debates, filmes, exposições, uma feira alternativa, concertos e shows de música popular. Com essa programação, o projeto aponta para o reconhecimento e a afirmação das margens de um Brasil efervescente e que carece se conhecer melhor.
 

Dudarua é o projeto que nasceu do encontro e encantamento de Robertinho Silva juntamente com o também percussionista Foguete. A dupla estruturou um trabalho que reproduz sons e ritmos do folclore brasileiro com instrumentos de percussão melódica. O espetáculo envolve o público numa imersão de histórias, poesia e ritmo.

Robertinho Silva é, sem dúvida alguma, um dos artistas brasileiros mais significativos das últimas décadas. Sua inquestionável arte é tocar bateria e percussão. Carioca e autodidata, descobriu a potencialidade da bateria ainda menino, tendo influência dos principais bateristas do Samba Bossa Nova (Edson Machado, Milton Banana e Dom Um Romão) e dos bateristas de Jazz norte americanos (Art Blakey, Philly Jo Jones, Elvin Jones, Tony Willians e Max Roach). Destacou-se com o grupo Som Imaginário, junto de Wagner Tiso e Luiz Alves. E, desde o início de sua carreira, no final dos anos 1960, até hoje, participa de gravações e concertos com grandes nomes da música nacional e internacional, além de se apresentar em grandes festivais como New Port, Berlim, Free Jazz Festival, JVC New York, Montreaux e Midem, entre outros.

Sua carreira inclui não somente gravações em estúdio, como apresentações ao lado de Milton Nascimento (com quem trabalhou por 26 anos), João Donato, Tom Jobim, Wayne Shoter, Paul Horn, George Duke, Egberto Gismonti, Airto Moreira, Flora Purin, Raul de Souza, Dori Caymmi, Calt Tjader, Sarah Vaughn, Gilberto Gil, João Bosco, Toninho Horta, Gal Costa, Nana Caymmi e Chico Buarque, dentre outros. Mais recentemente com Lisa Ono, Guilherme Vergueiro, Wanda Sá, Mônica Salmaso, o saxofonista Bud Shank e o guitarrista George Benson.

Estudioso da polirritmia nacional e atraído por todas as possibilidades tímbricas, regionais e com implicações folclóricas, Robertinho Silva desenvolveu, nos últimos anos, uma atividade de alta relevância, pois fez desse apelo cultural um fator agregador e de transformação social para jovens de comunidades carentes da zona portuária – e adjacências – do Rio de Janeiro. Foi um importante passo dado na carreira com a criação da Orquestra de Percussão Robertinho Silva, de capacitação social e profissional de jovens músicos.

O percussionista Foguete (Divaldo Barreto) iniciou sua carreira profissional no início da década de 1970, no Teatro Opinião, com Cláudia Versiani e João Donato. Trabalhou na peça Gota d’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, com direção musical de Dori Caymmi e Bibi Ferreira, no Rock Concert (TV Globo / Teatro Thereza Raquel) com a Banda Black Rio, na Aliança Francesa, com o show Alabê Rio Percussion, no Projeto Pixingão, acompanhando a Intrépida Trupe, Cassiano e Zezé Motta.

Entre as participações no exterior, destacam-se as no Theatre des dix Heures Pigalle, em Paris (1979) e no Festival Internacional du Theatre Universitaire, com o show Yes, nós temos bananas, em Lyon (1979). Na Alemanha, se apresentou no show Tangas do Brasil, em Baden-Baden. no ano de 1980. Em Londres, no ano de 1981, participou no Caxton Baile de Carnival. Ao lado de Rubens Dantas, percussionista de Paco de Lucia, com o grupo Frutos Tropicais, se apresentou no ano de 1983. Nesse mesmo ano participou de apresentações com o grupo Oiling Boiling. Em 1984, acompanhou Matti Oiling e Hakon Werlig. Na Espanha, se apresentou com o grupo Los Comediantes, no Cine Teatro Odeon de Barcelona, no ano de 1981. Com o grupo Alabê Mayor, em San Juan Evangelista, em Madri, se apresentou em 1985.

De volta ao Brasil, tem se dedicado aos estudos dos sons, através da construção de instrumentos musicais percussivos.

MIB apresenta Robertinho Silva no show Dudarua
Com Robertinho Silva (percussão), Foguete (percussão), Zé Neto (violão) e Natan Gomes (teclados)
20 de abril de 2018
Sexta | 20h
Teatro da UFF – Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói
Ingressos – R$50 | R$25 (meia)
Classificação etária: Livre
Informações: 3674-7512 | a partir de 14h

O incansável Dom Quixote

Tendo participado, em apenas um dia do mês de agosto de 2017, do festival de monólogos SOLOS EM CENA, produzido pelo Centro de Artes UFF, o espetáculo O Incansável Dom Quixote, com Maksin Oliveira, retorna em abril ao Teatro da UFF, para uma curta temporada entre os dias 06 e 08, sexta a domingo, sempre às 20h.

O espetáculo, com 60 minutos de duração, reúne de forma lúdica várias histórias fantásticas sobre o famoso cavaleiro Dom Quixote, que sai de casa com o desenfreado desejo de transformar o mundo em um lugar melhor. Ao lado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, sua incrível jornada é recheada de humor, lirismo e provas de obstinação. Neste premiado solo narrativo, o ator tem que permanecer num constante estado de atenção e presença para criar uma relação de troca com os espectadores. Cenicamente, tudo se resume a uma mala, um ator, a plateia e o jogo.

A adaptação do romance de Cervantes para o palco se dá a partir da performance de um único ator em cena que exerce a função de narrador, assumindo as identidade de múltiplos personagens. Ora ele é o próprio Dom Quixote, ora é Sancho Pança ou Dulcinéa ou o cavalo Rocinante. Para Maksin Oliveira, idealizador do espetáculo, o que se propõe é “um teatro onde o ator se coloque no risco de criar o espetáculo com seu corpo e pouquíssimos elementos essenciais”.

Ainda segundo Maksin Oliveira, o espetáculo leva à cena “uma abordagem contemporânea à obra, porém estabelecendo diversas relações com o período medieval e barroco. Dom Quixote e Sancho Pança são apresentados como duplos que se relacionam, se problematizam, se modificam”. E acrescenta, afirmando: “Desejamos que o riso – presente em todo o espetáculo – traga junto reflexão filosófica”. A dramaturgia tecida por Maksin Oliveira possui influências diretas de Miguel de Cervantes, mas também tem pitadas de Mario Vargas Llosa, Fernando Sabino, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade.

Texto e atuação: Maksin Oliveira
Direção: Reinaldo Dutra
Figurino: Leonam Thurler
Iluminação: Pedro Struchiner
Produção e Cenografia: Magnífica Trupe de Variedades

06 a 08 de abril de 2018
Sexta a domingo | 20h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói – RJ
Ingressos: R$40 | R$20 (meia)
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: 3674-7512 | a partir de 14h