Música Antiga da UFF Convida

Trovadores
Canções e danças da França Medieval

A história da música francesa remonta à longínqua Idade Média. Na França no século XII, havia duas áreas principais nas quais as tradições trovadorescas da música medieval se desenvolveram: no norte da França, a cultura musical e poética dos Trouvers que deu origem a própria língua vernácula francesa e no sul, a cultura dos Troubadours na região da Provence.

A música secular na França medieval era dominada pela música e poesia dos trovadores, jongleurs e trouveres, que eram poetas e músicos conhecidos por criar formas poético musicais importantes tais como a balada, o lais e o virelai.

A França foi pioneira também nas primeiras músicas europeias com vozes múltiplas pois os autores que deram os primeiros passos na música polifônica foram os compositores parisienses da escola de Notre-Dame.

No século XIV, uma nova forma de escrita musical surgiu – a Ars Nova e encontrou no músico e compositor Guillaume de Machaut um de seus mais importantes colaboradores. Essa nova escrita possibilitava o registro das músicas polifônicas de forma muito mais racional permitindo ao compositor realizar composições a duas, três e até quatro vozes, como fez Machaut ao compor a sua Missa de Notre Dame a quatro vozes.

Nascido em 1300, Machaut foi um dos mais importantes compositores do período. Apesar de ter feito carreira eclesiástica, sendo indicado cônego de várias dioceses, ficou mais conhecido como compositor de peças religiosas e profanas, considerado o maior da França no século XIV, sendo um inovador em diversos campos.

O Música Antiga da UFF nesse programa aborda as composições de Machaut conjuntamente com danças do período além de composições anônimas.

Leandro Mendes

PROGRAMA

Anônimo (sec XIV) – Chevalier mult estes guariz

Anônimo (sec XIV)  – La seconde estampie royal

Guiot de Dijon (sec XIV) Chanterai por mon coraige

Guillaume de Machaut (1300-1377) – Comment qu’a moy

Guillaume de Machaut (1300-1377)  – Se ma dame m’aguerpy

Anônimo (sec XIV) – La quarte estampie royal

Guillaume de Machaut (1300-1377) Douce dame jolie

Anônimo (sec XIV) – Gaite de la tor

Anônimo (sec XIV) – La uitime estampie royal

Anônimo (sec XIV)  – Belle Doette

Guillaume de Machaut (1300-1377) Ay mi dame de valour

Moniot d’Arras (1313-1339) – Ce fut en mai

Guillaume de Machaut (1300-1377) Quant je suis mis

Guillaume de Machaut (1300-1377) Je vivroie liement

 

 

Música Antiga da UFF: Leandro Mendes e Mario Orlando
Convidada: Sonia Leal Wegenast

28 de maio de 2019
Terça | 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 14 | R$ 7 (meia)

 

OSN Série Alvorada

O quarto programa da Série Alvorada em 2019 apresenta um dos compositores brasileiros mais prolíficos e significativos do final do século XX e início do século XXI.

José Antonio Resende de Almeida Prado – ou simplesmente Almeida Prado – nasceu em Santos no ano de 1943 e estudou com grandes nomes da música do século XX.

No Brasil, foi discípulo de Osvaldo Lacerda e Camargo Guarnieri. Na Europa, estudou com György Ligeti, Lukas Foss, Nadja Boulanger e Olivier Messiaen. Esta variedade de influências foi fundamental para a produção de uma obra volumosa e abrangente, com extensa produção em diversos gêneros e formações. Foi também professor de composição na Universidade de Campinas, responsável pela formação de toda uma geração de compositores brasileiros. Neste programa a Orquestra Sinfônica Nacional UFF apresenta Arcos sonoros da Catedral Anton Bruckner, definida pelo compositor como uma “meditação sinfônica”.

Homenageado por Almeida Prado, Anton Bruckner foi organista no mosteiro agostiniano de Sankt Florian, próximo a Linz, no período de 1848 a 1868. O famoso órgão do mosteiro, hoje conhecido como “Órgão Bruckner”, é a principal referência extramusical da obra do compositor paulista, que chegou a incluir uma foto do órgão na capa de seu manuscrito. Durante este período que antecede a ida de Bruckner a Viena, sua formação em composição iniciada de forma essencialmente autodidata passa a se consolidar sob orientação de Simon Sechter e Otto Kitzler. Este último apresentou Bruckner à música de Richard Wagner quando regeu em 1863 uma apresentação de Tannhäuser, a primeira de uma ópera do compositor alemão em Linz. Desde então Wagner passou a ser a principal influência musical de Bruckner.

Kitzler também orientou Bruckner na composição de suas primeiras obras orquestrais, entre as quais encontra-se a Abertura em sol menor, finalizada em 1863.

Embora seja considerada uma obra de juventude – note-se que o compositor já tinha 38 anos neste momento – já se identifica nela elementos típicos do Bruckner grandiloquente, que ficou conhecido por suas extensas sinfonias, como os saltos de oitava e o cromatismo wagneriano. Estes mesmos elementos que aparecem na abertura são também pincelados na obra de Almeida Prado.

A música de Bruckner e suas características de grandiloquência wagneriana encontram na obra de Johannes Brahms um contraponto natural, em um certo antagonismo estético típico da música alemã do final do século XIX. Evidenciado pela famosa disputa na cena cultural vienense entre defensores da música de Wagner e partidários da obra de Brahms, o contraste aqui é estabelecido pela Sinfonia no. 2.

Trata-se da mais fluente obra sinfônica de Brahms, com um certo caráter pastoral e irresistível leveza.

TOBIAS VOLKMANN   Regente principal

Vencedor dos principais prêmios concedidos no Concurso Internacional de Regência Jorma Panula 2012 na Finlândia e no Festival Musical Olympus de São Petersburgo em 2013,  Tobias Volkmann vem atraindo atenção para interpretações consistentes tanto no repertório sinfônico quanto no teatro de ópera e balé. Com versatilidade e sofisticação Volkmann mostra-se à vontade em uma variedade de estilos, que se estende da interpretação historicamente informada da música do século XVIII às mais desafiadoras obras da música contemporânea, incluindo naturalmente o grande repertório romântico e a música brasileira em suas diversas vertentes. Desde 2016  na posição de principal regente convidado da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense, Tobias Volkmann foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2016 a 2018.

Em 2015 estreou na célebre sala Gewandhaus de Leipzig como convidado da temporada oficial do Coro e Orquestra Sinfônica da Rádio MDR. Em poucos anos foi convidado a dirigir em concerto um grande número de orquestras europeias e sul-americanas, destacando-se entre elas a Orquestra Sinfônica Estatal de São Petersburgo, Orquestra Sinfônica Estatal do Museu Hermitage, Sinfônica de Brandemburgo, Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfônica do Chile, Orquestra Sinfônica do SODRE, Orquestra Sinfônica Brasileira, Filarmônica de Minas Gerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da UNCuyo – Mendoza, Orquestra Clássica da Universidade de Santiago, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. Compromissos futuros incluem a estreia com a Filarmônica de Pilsen, na República Tcheca.

No Theatro Municipal do Rio de Janeiro dedicou-se especialmente à ópera, às grandes obras coral-sinfônicas e ao balé, recebendo reconhecimento de público e crítica. Destaques recentes foram a ópera Un ballo in maschera e a Segunda Sinfonia de Mahler, escolhida pela imprensa carioca um dos melhores concertos de 2018.

Com a Orquestra Sinfônica Nacional trabalha principalmente a música dos séculos XX e XXI, em um enfoque particular na música brasileira, retomando assim a vocação inicial da orquestra para o registro fonográfico e a difusão do repertório sinfônico nacional. Sob sua direção musical a OSN gravou três CDs de música brasileira contemporânea. Sua discografia completa-se com Whisper, disco de música brasileira gravado ao vivo na Alemanha com a harpista Cristina Braga e a Sinfônica de Brandemburgo.

Dedica à música contemporânea uma atenção especial, tendo realizado mais de vinte estreias nos EUA, na Alemanha, na Rússia, na Argentina e no Brasil.

Tobias Volkmann realizou sua formação com Ronald Zollman na Universidade Carnegie Mellon de Pittsburgh, complementando-a com grandes nomes da regência em masterclasses internacionais ministradas por Kurt Masur, Jorma Panula, Isaac Karabtchevsky e Fabio Mechetti.

PROGRAMA

Anton Bruckner (1824-1896)
Abertura em sol menor, WAB 98

Almeida Prado (1943-2010)
Arcos sonoros da Catedral Anton Bruckner, meditação sinfônica

Johannes Brahms (1833-1897)
Sinfonia nº 2
Allegro non troppo
Adagio non troppo
Allegretto grazioso (quasi andantino)
Allegro con spirito

26 de maio de 2019
Domingo | 10h30
Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 14 | R$ 7 (meia)

OSN – SÉRIE ALVORADA

Regente principal: Tobias Volkmann
Solista: Oscar Bohorquez

Um certo olhar ao passado é o principal traço comum que liga as duas suítes orquestrais apresentadas neste programa, embora outras intersecções possam ser traçadas. Tanto Maurice Ravel quanto Igor Stravinsky buscam referência na música do século XVIII para a composição de suas obras, ambas em formação de orquestra de câmara. Um elemento curioso é o fato de as duas obras terem sido compostas há 100 anos. Em 1919 Ravel orquestrou quatro movimentos de sua suíte original para piano de 1917. No mesmo ano Stravinsky recebeu a proposta de Sergei Diaghilev para produzir a música de um novo espetáculo dos Balés Russos dedicado às histórias de Pulcinella (tradicional personagem da Commedia dell’arte italiana) a partir de um conjunto de obras musicais na época atribuídas a Pergolesi. Do ponto de vista da orquestração, tanto em Pulcinella quanto particularmente na versão orquestral de Le tombeau de Couperin o oboé assume protagonismo. A suíte orquestral de Ravel e o balé do qual são extraídos os movimentos da suíte de Stravinsky também estrearam na mesma cidade e no mesmo ano: na Paris de 1920, com apenas 45 dias separando suas estreias.

Em termos estéticos, a suíte francesa para piano Le tombeau de Couperin nasceu não como uma homenagem a François Couperin (1668-1733) individualmente, mas sim como tributo à grande era de ouro da música francesa, da qual o “Organista do Rei” na corte de Luís XIV era o principal representante. Em termos pessoais, este impulso inicial como homenagem foi posteriormente influenciado pelas trágicas memórias da Primeira Guerra Mundial. A gênese original da composição ocorreu no início da guerra, quando Ravel se alistou e atuou como enfermeiro do exército francês. No período inicial Ravel ainda tinha a música constantemente em seus pensamentos, tanto que em outubro de 1914 escreveu a seu pupilo Roland-Manuel animadamente sobre as duas obras que ocupavam seu ímpeto criativo. Uma delas era uma suíte francesa. “Não é o que você está pensando: a Marseillaise não estará incluída, mas terá uma Forlane e uma Giga; entretanto, nenhum Tango.”

Com o terrível avanço da guerra, sua nova e estressante função de motorista de caminhão e, por fim, a morte de sua mãe em 1917, Ravel sofreu um declínio físico e psicológico, tendo logo sido dispensado do serviço militar. Sua música experimentou uma mudança evidente e obras iniciadas anteriormente (como o poema sinfônico Vien, que depois viria a se transformar na um tanto amargurada La valse) tiveram forte influência das memórias da guerra. Le tombeau de Couperin teve cada um de seus seis movimentos dedicado a um amigo morto no front. Ainda assim, manteve um caráter leve do gesto composicional inicial. Sobre isto Ravel afirmava que “os mortos estão suficientemente melancólicos em seu silêncio eterno”.

Hoje se sabe que música do século XVIII para cenas de Pulcinella buscada por Diaghilev e Léonide Massine em arquivos italianos, na época atribuída a Giovanni Battista Pergolesi, era na verdade uma compilação de obras de vários compositores além do próprio Pergolesi, entre eles Domenico Gallo, Carlo Ignazio Monza e Alessandro Parisotti. Segundo Stravinsky, Diaghilev não esperava nada além uma orquestração estilizada. Recebeu uma partitura com poucas alterações estruturais ou harmônicas nos originais, porém sempre muito significativas, típicas da orquestração idiossincrática de Stravinsky (como o proposital desequilíbrio entre trombone e contrabaixo no movimento Vivo). O espetáculo teria coreografia de Massine com cenografia e figurinos de Pablo Picasso, um evidente e interessante olhar do século XX sobre a estética do século XVIII.

Entre as duas obras, o concerto n o 2 para violino e orquestra de Camargo Guarnieri, obra modernista em aspectos harmônicos e heterodoxa no tratamento da forma, uma das principais obras brasileiras do gênero. Além de uma grande exigência técnica e musical na parte solista, o concerto traz a cadência posicionada em um momento pouco usual, logo no início da obra, exercendo assim um papel inverso ao que tradicionalmente se esperaria deste recurso composicional. Quando geralmente a cadência ao final do concerto traz de volta à memória temas ouvidos anteriormente de forma variada, esta cadência no início do concerto apresenta temas dos três movimentos, como uma antecipação estética do que virá a ser o percurso da escuta.

TOBIAS VOLKMANN   Regente principal

Vencedor dos principais prêmios concedidos no Concurso Internacional de Regência Jorma Panula 2012 na Finlândia e no Festival Musical Olympus de São Petersburgo em 2013,  Tobias Volkmann vem atraindo atenção para interpretações consistentes tanto no repertório sinfônico quanto no teatro de ópera e balé. Com versatilidade e sofisticação Volkmann mostra-se à vontade em uma variedade de estilos, que se estende da interpretação historicamente informada da música do século XVIII às mais desafiadoras obras da música contemporânea, incluindo naturalmente o grande repertório romântico e a música brasileira em suas diversas vertentes. Desde 2016  na posição de principal regente convidado da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense, Tobias Volkmann foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2016 a 2018.

Em 2015 estreou na célebre sala Gewandhaus de Leipzig como convidado da temporada oficial do Coro e Orquestra Sinfônica da Rádio MDR. Em poucos anos foi convidado a dirigir em concerto um grande número de orquestras europeias e sul-americanas, destacando-se entre elas a Orquestra Sinfônica Estatal de São Petersburgo, Orquestra Sinfônica Estatal do Museu Hermitage, Sinfônica de Brandemburgo, Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfônica do Chile, Orquestra Sinfônica do SODRE, Orquestra Sinfônica Brasileira, Filarmônica de Minas Gerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da UNCuyo – Mendoza, Orquestra Clássica da Universidade de Santiago, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. Compromissos futuros incluem a estreia com a Filarmônica de Pilsen, na República Tcheca.

No Theatro Municipal do Rio de Janeiro dedicou-se especialmente à ópera, às grandes obras coral-sinfônicas e ao balé, recebendo reconhecimento de público e crítica. Destaques recentes foram a ópera Un ballo in maschera e a Segunda Sinfonia de Mahler, escolhida pela imprensa carioca um dos melhores concertos de 2018.

Com a Orquestra Sinfônica Nacional trabalha principalmente a música dos séculos XX e XXI, em um enfoque particular na música brasileira, retomando assim a vocação inicial da orquestra para o registro fonográfico e a difusão do repertório sinfônico nacional. Sob sua direção musical a OSN gravou três CDs de música brasileira contemporânea. Sua discografia completa-se com Whisper, disco de música brasileira gravado ao vivo na Alemanha com a harpista Cristina Braga e a Sinfônica de Brandemburgo.

Dedica à música contemporânea uma atenção especial, tendo realizado mais de vinte estreias nos EUA, na Alemanha, na Rússia, na Argentina e no Brasil.

Tobias Volkmann realizou sua formação com Ronald Zollman na Universidade Carnegie Mellon de Pittsburgh, complementando-a com grandes nomes da regência em masterclasses internacionais ministradas por Kurt Masur, Jorma Panula, Isaac Karabtchevsky e Fabio Mechetti.

OSCAR BOHORQUEZ   Solista

O violinista alemão Oscar Bohórquez é considerado por Christoph Eschenbach, regente da Konzerthausorchester Berlin, como um talento excepcional “de uma grande profundidade musical”.

O dia 20 de setembro de 2009 marcou a estreia do violinista como solista na Orquestra Filarmônica de Londres.

Oscar Bohórquez fez seus estudos no prestigiado Curtis Institute of Music, da Filadélfia, com o professor Aaron Rosand, de 1998 a 2002, e na Universidade de Música de Viena, com o professor Günter Pichler do Quarteto Alban Berg, de 2002 a 2008.

Em turnês esteve nas mais renomadas salas alemãs, como a Filarmônica de Berlim, a Elbphilharmonie em Hambourg, a Meistersingerhalle em Nuremberg, a Alte Oper em Frankfurt, a Liederhalle em Stuttgart, e a Beethovenhalle de Bonn.

As atividades musicais solo e de câmara o conduziram igualmente a Suíça, Alemanha, Áustria, Reino Unido, Estados Unidos, America Latina, China e Thailandia. No Brasil Bohórquez foi o solista convidado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília e no Festival Música em Trancoso, na Bahia.

Colabora na música de câmara com o seu irmão Claudio Bohorquez, violoncelo, e o pianista Gustavo Beytelmann que formam um Trio.

Oscar Bohórquez toca um violino Giovanni Battista Guadagnini, a ‘Grande Dama’ de 1770, que antes pertencia a Günter Pichler, do Cuarteto Alban Berg, e um arco francês de Dominique Peccatte de 1845.

PROGRAMA

MAURICE RAVEL (1875-1937)
Suíte Le tombeau de Couperin
Prelúdio
Forlane
Minueto
Rigaudon

MOZART CAMARGO GUARNIERI (1907-1993)
Concerto para violino n o 2
Lento, Allegro energico
Triste
Allegro giocoso
Oscar Bohórquez, violino

IGOR STRAVINSKY (1882-1971)
Suíte Pulcinella
Sinfonia (Abertura)
Serenata
Scherzino, Allegro, Andantino
Tarantella
Tocata
Gavota com duas variações
Vivo
Minueto
Finale

12 de maio de 2019
Domingo – 10h30
Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 14 | R$ 7 (meia)

Música no Jardim – Orquestra de Cordas da Grota

Orquestra de Cordas da Grota – Patrimônio Imaterial de Niterói

A série de concertos idealizada pela Divisão de Música de Câmara do Centro de Artes UFF, intitulada MÚSICA NO JARDIM, tem como proposta oferecer uma nova possibilidade para a contemplação musical. Libertando-se das formalidades tradicionais de apreciação musical das salas de concerto a série propõe a escuta musical ao ar livre, onde o público pode tomar acento ao gramado, encontrar os amigos e apreciar grandes grupos e músicos.

A Orquestra de Cordas da Grota foi criada em 1995 a partir do trabalho voluntário de Dona Otávia Selles, seu filho Márcio Selles e sua nora Lenora Mendes, que queriam oferecer as crianças e jovens da Grota do Surucucu uma oportunidade de desenvolvimento humano e social através de formação musical. Contando com mais de duas décadas de trajetória a orquestra comemora hoje o seu sucesso com mais de vinte integrantes formados no nível superior, além de viagens internacionais e apresentações regulares em salas de concerto, teatros, escolas e igrejas de todo o Estado do Rio de Janeiro.

Programa

regência: Katunga Vidal

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Divertimento em Fá M
Allegro – Andante  – Presto

Carl Stamitz (1745 – 1801) – Concerto Nº 3 para clarinete
Alegro Moderato
Claude Debussy (1862-1918) – Le petit Nègre
arr. Anne DeBlois

Cesar Guerra-Peixe (1914-1993) – Mourão
Vitor Kley (1994) – O Sol
Arr. Taynara Salles

regência: Katunga Vidal e Gabriel Dellatorre

Alceu Valença (2014) – La belle jour
Arr. Katunga Vidal

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonia 27
1º movimento

Kaoma (1989-2017) – Lambada
Arr. Kaja F. P.

Beto Barbosa (1955) – Preta
Arr. Gabriel Dellatorre

regência: Raquel Terra

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) – Nona sinfonia

Henry Purcell (1659-1695) – Rigodon

Folclore Brasileiro – Peixinho do mar

__________________________

Orquestra de Cordas da Grota

Violinos: Albert Duarte, Soraya Vieira, Prisicla Vidal, Kathleen Nascimento, Nick Continho, Isabella Cardoso, Luiz Ricardo Justino, Jorge Jerônimo, Daniella Anatalicio, Taynara Sales, Leandro Justino, Davi Ribeiro
Violas: Anderson Pereira da Silva, Camila Costa, Ricardo Alves e Welton César
Violoncelos: Luiz Carlos Justino, Rodrigo Soares e Raquel Terra
Contrabaixos: Carlos Silva e Roberto Henrique
Fagote: Jeferson Cerqueira
Percussão: Mylena Souza e Vagner Alves
Regência: Katunga Vidal

22 de maio de 2019
Quarta – 18h
Jardim da Reitoria
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Entrada Franca

Música Antiga da UFF & convidados

Cantos Indígenas da América

Na América espanhola, paralelamente à ação dos jesuítas que usavam a música como uma das ferramentas para a catequização dos povos ameríndios, a música se desenvolveu nas catedrais através de seus mestres de capela como o caso do português Gaspar Fernandes (1566-1629), organista e compositor que atuou nas Catedrais de Santiago de Guatemala e Puebla de los Angeles, no México.

A produção musical desse período deixa transparecer a síntese das culturas europeia, indígena e africana, trazida para a América pelos negros escravizados. Podemos observar o resultado dessa mistura nos Vilancicos índios e guineos, nos hinos religiosos em Nahuatl ou Quichua.

No Peru entre os anos 1782 e 1785, o Bispo de Trujillo, Baltasar Jaime Martinez Compaõn, empreendeu uma viagem pelo país que durou dois anos. Durante essa viagem elaborou um documento que recebeu o nome de Códice Martinez Compañon que, além de desenhos, nos deixou vinte melodias recolhidas e anotadas pelo bispo.

Chegando aqui no Brasil, percebemos que a influência indígena na obra de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) apresenta-se ligada à sua própria vivência, de suas andanças pelo Norte, Nordeste e Amazônia. Villa-Lobos ambientou os temas indígenas e utilizou uma fusão única de ritmos, escalas e principalmente lendas pré e pós-colombianas.

O programa de hoje apresenta um pouco dessa produção única, resultado da mistura de culturas e etnias e demonstra como os modelos eruditos de composições europeias são reelaborados a partir da experiência multiétnica e multicultural vividas nos impérios português e espanhol nas Américas e no Brasil.

PROGRAMA

Dadme Albricias mano Anton Gaspar Fernandes séc. XVI

Dios itlazo Hernando Franco séc. XVI

Tleycantimo choquiliya Gaspar Fernandes séc. XVI

Xicochi xicochi Gaspar Fernandes séc. XVI

Turulu neglo Anônimo séc. XVI

Hanacpachap cussicuinin Anônimo séc. XVII

O Canto do Pagé Heitor Villa-Lobos 1933

Cantos de Çairé Amb. Por Villa-Lobos

Nozani-ná Roquete Pinto

Cachua de La Despedida Anônimo séc. XVIII

Cachua al nacimiento de Christo Anônimo séc. XVIII

Cachua Serranita Anônimo séc, XVIII

Música Antiga da UFF:  Leandro Mendes, Mario Orlando e Virgínia van der Linden

Convidados: Cecília Aprigliano, Kristina Augustin, Lenora Pinto Mendes, Márcio Paes Selles, Sônia Leal Wegenast e Coro da UFF.

28 de abril de 2019
Domingo | 10h30
Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Ingressos: Valor único R$ 7