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UFF - Universidade Federal Fluminense

OSN Série Alvorada

Sessões:

 

O quarto programa da Série Alvorada em 2019 apresenta um dos compositores brasileiros mais prolíficos e significativos do final do século XX e início do século XXI.

José Antonio Resende de Almeida Prado – ou simplesmente Almeida Prado – nasceu em Santos no ano de 1943 e estudou com grandes nomes da música do século XX.

No Brasil, foi discípulo de Osvaldo Lacerda e Camargo Guarnieri. Na Europa, estudou com György Ligeti, Lukas Foss, Nadja Boulanger e Olivier Messiaen. Esta variedade de influências foi fundamental para a produção de uma obra volumosa e abrangente, com extensa produção em diversos gêneros e formações. Foi também professor de composição na Universidade de Campinas, responsável pela formação de toda uma geração de compositores brasileiros. Neste programa a Orquestra Sinfônica Nacional UFF apresenta Arcos sonoros da Catedral Anton Bruckner, definida pelo compositor como uma “meditação sinfônica”.

Homenageado por Almeida Prado, Anton Bruckner foi organista no mosteiro agostiniano de Sankt Florian, próximo a Linz, no período de 1848 a 1868. O famoso órgão do mosteiro, hoje conhecido como “Órgão Bruckner”, é a principal referência extramusical da obra do compositor paulista, que chegou a incluir uma foto do órgão na capa de seu manuscrito. Durante este período que antecede a ida de Bruckner a Viena, sua formação em composição iniciada de forma essencialmente autodidata passa a se consolidar sob orientação de Simon Sechter e Otto Kitzler. Este último apresentou Bruckner à música de Richard Wagner quando regeu em 1863 uma apresentação de Tannhäuser, a primeira de uma ópera do compositor alemão em Linz. Desde então Wagner passou a ser a principal influência musical de Bruckner.

Kitzler também orientou Bruckner na composição de suas primeiras obras orquestrais, entre as quais encontra-se a Abertura em sol menor, finalizada em 1863.

Embora seja considerada uma obra de juventude – note-se que o compositor já tinha 38 anos neste momento – já se identifica nela elementos típicos do Bruckner grandiloquente, que ficou conhecido por suas extensas sinfonias, como os saltos de oitava e o cromatismo wagneriano. Estes mesmos elementos que aparecem na abertura são também pincelados na obra de Almeida Prado.

A música de Bruckner e suas características de grandiloquência wagneriana encontram na obra de Johannes Brahms um contraponto natural, em um certo antagonismo estético típico da música alemã do final do século XIX. Evidenciado pela famosa disputa na cena cultural vienense entre defensores da música de Wagner e partidários da obra de Brahms, o contraste aqui é estabelecido pela Sinfonia no. 2.

Trata-se da mais fluente obra sinfônica de Brahms, com um certo caráter pastoral e irresistível leveza.

TOBIAS VOLKMANN   Regente principal

Vencedor dos principais prêmios concedidos no Concurso Internacional de Regência Jorma Panula 2012 na Finlândia e no Festival Musical Olympus de São Petersburgo em 2013,  Tobias Volkmann vem atraindo atenção para interpretações consistentes tanto no repertório sinfônico quanto no teatro de ópera e balé. Com versatilidade e sofisticação Volkmann mostra-se à vontade em uma variedade de estilos, que se estende da interpretação historicamente informada da música do século XVIII às mais desafiadoras obras da música contemporânea, incluindo naturalmente o grande repertório romântico e a música brasileira em suas diversas vertentes. Desde 2016  na posição de principal regente convidado da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense, Tobias Volkmann foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2016 a 2018.

Em 2015 estreou na célebre sala Gewandhaus de Leipzig como convidado da temporada oficial do Coro e Orquestra Sinfônica da Rádio MDR. Em poucos anos foi convidado a dirigir em concerto um grande número de orquestras europeias e sul-americanas, destacando-se entre elas a Orquestra Sinfônica Estatal de São Petersburgo, Orquestra Sinfônica Estatal do Museu Hermitage, Sinfônica de Brandemburgo, Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfônica do Chile, Orquestra Sinfônica do SODRE, Orquestra Sinfônica Brasileira, Filarmônica de Minas Gerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da UNCuyo - Mendoza, Orquestra Clássica da Universidade de Santiago, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. Compromissos futuros incluem a estreia com a Filarmônica de Pilsen, na República Tcheca.

No Theatro Municipal do Rio de Janeiro dedicou-se especialmente à ópera, às grandes obras coral-sinfônicas e ao balé, recebendo reconhecimento de público e crítica. Destaques recentes foram a ópera Un ballo in maschera e a Segunda Sinfonia de Mahler, escolhida pela imprensa carioca um dos melhores concertos de 2018.

Com a Orquestra Sinfônica Nacional trabalha principalmente a música dos séculos XX e XXI, em um enfoque particular na música brasileira, retomando assim a vocação inicial da orquestra para o registro fonográfico e a difusão do repertório sinfônico nacional. Sob sua direção musical a OSN gravou três CDs de música brasileira contemporânea. Sua discografia completa-se com Whisper, disco de música brasileira gravado ao vivo na Alemanha com a harpista Cristina Braga e a Sinfônica de Brandemburgo.

Dedica à música contemporânea uma atenção especial, tendo realizado mais de vinte estreias nos EUA, na Alemanha, na Rússia, na Argentina e no Brasil.

Tobias Volkmann realizou sua formação com Ronald Zollman na Universidade Carnegie Mellon de Pittsburgh, complementando-a com grandes nomes da regência em masterclasses internacionais ministradas por Kurt Masur, Jorma Panula, Isaac Karabtchevsky e Fabio Mechetti.

PROGRAMA

Anton Bruckner (1824-1896)
Abertura em sol menor, WAB 98

Almeida Prado (1943-2010)
Arcos sonoros da Catedral Anton Bruckner, meditação sinfônica

Johannes Brahms (1833-1897)
Sinfonia nº 2
Allegro non troppo
Adagio non troppo
Allegretto grazioso (quasi andantino)
Allegro con spirito

26 de maio de 2019
Domingo | 10h30
Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 14 | R$ 7 (meia)

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Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói/RJ
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