Conteúdo Principal
UFF - Universidade Federal Fluminense

Visitando Camille Claudel

Sessões:

 

A peça, livremente inspirada na vida e na obra da escultora francesa Camille Claudel, segue o fluxo de memória da artista, reinventando, de forma poética, as passagens marcantes de sua vida: a infância, o auge em Paris, sua paixão por Rodin, seus laços afetivos, a luta solitária para se estabelecer numa profissão estritamente masculina e a internação, durante 30 anos, num asilo de alienados. 

Depois de oito anos em turnê pelo Brasil e de uma pausa de quatro anos fora dos palcos, Visitando Camille Claudel retorna ao Teatro da UFF, em Niterói, para uma curta temporada de apenas dois finais de semana. Mais de 10.000 pessoas já assistiram a peça, que estreou em 2006 no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro, com apoio do consulado francês. Depois, abriu a exposição Camille Claudel à sombra de Rodin, em Belém do Pará, participou  da mostra Solos em Cena – II Festival de Monólogos da UFF, em Niterói, e foi indicado a vários prêmios no I Festival Nacional de Teatro de Campos, passou por Cataguases e Muriaé, em Minas Gerais (2008),  fez o Circuito SESC, com apresentações em Nova Friburgo e Teresópolis (RJ) em 2009, além de muitas outras apresentações em várias cidades do país.

O autor e diretor paulista Ramon Botelho é também artista plástico e mora em Niterói há quase 30 anos. A atriz mineira Adriana Rabelo interpreta Camille Claudel.

Quem foi Camille Claudel?

Camille Claudel nasceu na França em 1864. Desde a infância, demonstrou talento para a escultura. Em Paris, estudou com o grande mestre Auguste Rodin, com quem viveu intensa e proibida paixão. Mulher transgressora, de forte personalidade e genial talento, encontrou resistência num mercado de arte limitador, parte de uma sociedade machista e opressora. Incompreendida, buscou isolamento em seu ateliê e criou peças de grande valor artístico. Desorientada, foi internada num manicômio onde passou os últimos 30 anos de sua vida, apesar dos boletins médicos atestarem sua sanidade. Poucos foram vê-la e a mãe nunca foi visitá-la durante aquele período, quando ela se recusava a esculpir, mas escreveu inúmeras cartas expondo sua amargura e toda a complexidade de sua existência. Faleceu em 1943 e, somente na segunda metade do século XX, sua história ganhou o mundo e sua obra pode ser reconhecida.

Camille Claudel foi uma mulher à frente de seu tempo. Ela questionou e transgrediu os limites impostos às mulheres, lutou bravamente para estabelecer-se como escultora, profissão considerada na época estritamente masculina, e enfrentou o preconceito dos críticos e mercadores de arte, que negavam a ela o merecido reconhecimento. Por não adequar-se às normas estabelecidas, pagou um alto preço. A história da artista é a história da interdição de uma mulher genial, que nunca se curvou às imposições de uma sociedade machista e patriarcal.

Ficha técnica:

Realização: Carangola Filmes e Rotunda e Bambolina Produções Artísticas Ltda

Texto e direção: Ramon Botelho

Atuação: Adriana Rabelo

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Cenário: Iury Frigolleto e Marília Paiva

Figurino: Wagner Louza

Trilha sonora original: Rodrigo Lima

Assistente de direção: Zeca Amorim

Visagismo: Sidnei Oliveira

22 a 31 de março de 2019
Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói
Ingressos - R$40 (inteira) e R$20 (meia)
Indicação etária - 14 anos

VÍDEO

Sem vídeos no momento

Você também pode gostar...

Procure outras atrações

0 COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

WordPress Video Lightbox Plugin