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UFF - Universidade Federal Fluminense

Romeo e Giulietta 1.1 - Desfocamento dos corpos

Sessões:

 

Depois de 25 anos de atividade artística e intensa produtividade dos últimos anos, Roberto Zappalà dá início a um novo projeto intitulado Antologia. Este projeto visa a um resgate dos trabalhos mais interessantes que deixaram uma marca no tempo e na construção da linha coreográfica de Zappalà e de sua companhia. Antologia tem por objetivo não apenas “recuperar” e “revisitar”, mas também originar novas visões por meio de novos “contatos”; a própria mudança dos intérpretes pode constituir a causa primeira para uma diferente abordagem à criação por parte do coreógrafo. Tudo isso não só leva a uma reflexão sobre o passado mas, inevitavelmente, conduz a pensar no futuro.

“O desfocamento dos corpos” era o título do Romeo e Giulietta de 2006, que Roberto Zappalà decidiu retomar e levar novamente à cena como primeiro espetáculo de Antologia. Uma revisão que é também uma renovação. Um Romeo e Giulietta 1.1.

“O que nos leva a sentirmos fora do foco, quando é que nós percebemos essa sensação?”, se pergunta Zappalà, que informa:

“Tecnicamente (em ótica, fotografia, cinema), o ficar fora de foco é uma questão de distância. A distância entre o centro focal do objetivo e o objeto enquadrado; se essa distância é inferior ou superior a certa medida, o objeto fica fora do foco. Trazendo isso no contexto dos dois amantes de Verona, sentimos estar fora de foco quando percebemos que a distância entre nós e a pessoa amada não é a distância correta, quando a distância que nos separa da pessoa amada é condicionada pelo nosso estar no mundo. Quando estamos, percebemos, acreditamos estar perto ou longe demais. Somos todos Romeo e Giulietta”.

Na versão 1.1, o coreógrafo descentralizou a própria focagem, concentrando-a na dupla de namorados, na sua individualidade de seres que vivem um mal-estar, sobretudo, social. Nas vicissitudes shakespearianas se chega a um amor sublimado pela morte (e vice-versa). A versão 1.1 de Zappalà visa a refletir, ao mesmo tempo, a rebeldia dos jovens renascentistas e o tempo atual, onde a pulsão de morte é sublimada por si mesma. À pulsão de morte, pretende contrapor a paixão e o respeito pela vida. Uma nova versão de Romeo e Giulietta que não quer falar de amor, mas ser um ato de amor para a vida.
Ficha Técnica:

Com os bailarinos Maud de la Purification e Antoine Roux-Briffaud (da Companhia Zappalà Danza)
Coreografia e direção - Roberto Zappalà
Músicas - Pink Floyd, Elvis Presley, Luigi Tenco, José Altafini, Mirageman, John Cage, Sergei Prokofiev
Intérpretes - Gaetano Montecasino, Valeria Zampardi
Textos - Nello Calabrò
Iluminação e figurinos - Roberto Zappalà
Direção técnica - Sammy Torrisi
Produção - Scenario Pubblico/Compagnia Zappalà Danza – Centro di Produzione della Danza
Coprodução - Orizzonti Festival Fondazione (em colaboração com Le Mouvement Mons Festival - Bélgica)
Apoio - Ministero dei Beni e delle Attività Culturali Regione Siciliana Ass. to del Turismo, Sport e Spettacolo

04 e 05 de setembro de 2019
Quarta e quinta | 20h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro
Ingressos - R$10 (inteira) e R$5 (meia)
Classificação etária - Livre

Obs.: No dia 05 de setembro, haverá duas outras atividades com os bailarinos da Companhia Zappalà que são:
15h às 17h - Master Class de dança no palco do Teatro da UFF, com entrada franca. Inscrições aqui.
21h - Após o espetáculo, os bailarinos participarão de um debate com o público.

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