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UFF - Universidade Federal Fluminense

Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro

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Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro - Homenagem a Gonzagão

A Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro, formada por 16 sanfoneiros, além de cantores e percussionistas, resgata os áureos tempos do instrumento de fole no Rio de Janeiro e no Brasil, e inova ao incluir em seu repertório canções regionais nordestinas – de vários autorais, com arranjos novos de Marcelo Caldi, ao lado de músicas autorais, criadas, em sua maioria, pelos membros do grupo.

O objetivo é romper as fronteiras da música e revelar a grandiosidade e versatilidade do instrumento, expandindo-o para novas fronteiras sonoras. A Orquestra é idealizada e comandada por Marcelo Caldi, expoente da nova geração brasileira de músicos e um dos responsáveis por revitalizar o acordeom no cenário contemporâneo, dando ao fole um novo “sotaque”, em diálogo com o choro, baião, tango e outros gêneros latinos. Caldi é também diretor musical e arranjador do grupo.

Dentre os componentes, destaca-se ainda a arte-educadora, regente e professora Norma Nogueira, coordenadora do Núcleo de Cultura Popular Céu na Terra e responsável pelo núcleo de acordeom da Escola Villa-Lobos, de onde saiu a maioria dos membros da Sanfônica.

Além do ineditismo de reunir vários acordeões numa única formação em terras cariocas, outro diferencial da Orquestra é a heterogeneidade do grupo, do qual fazem parte professores, autodidatas no instrumento, estudantes universitários e artistas circenses, provenientes de várias regiões da cidade e de classes sociais distintas. O grupo se valeu da linguagem do circo, por meio de números clássicos, numa série de apresentações ao público nas praças do Rio de Janeiro. Também foi o destaque do 14º FIL – Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, 2016. A Sanfônica também tocou na Sala Cecília Meireles, ocasião do lançamento do novo CD de Marcelo Caldi, A sanfona é meu dom.

A Orquestra Sanfônica surgiu a partir do interesse dos membros em se aprimorar no instrumento, um dos mais representativos da cultura popular brasileira. Desde a época de Mário Masquarenhas, responsável por criar o mais famoso método de sanfona do país, nos anos 1950, a cidade não possuía uma formação desse tipo. Marcelo Caldi vem desenvolvendo com a Orquestra um novo método de aprendizagem do fole, considerando os vários gêneros pelos quais o instrumento passeia, além de incorporar as inovações pedagógicas da educação musical das últimas décadas.

Este ano, em que se comemora o centenário de nascimento do mestre Jackson do Pandeiro, a Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro, dedica seu novo show a ele, com muitas de suas composições, no repertório da orquestra, em arranjos inéditos de Marcelo Caldi.

Jackson do Pandeiro nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que deu a ele o seu primeiro instrumento: o pandeiro. Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.

Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: Sebastiana, de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: Forró em Limoeiro, rojão composto por Edgar Ferreira.

No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com O canto da ema, Chiclete com banana, Um a Um e Xote de Copacabana. Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.

O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele.

Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o palco. Já estava enfartado, mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante anos na sanfona, ter insistido com ele para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros compromissos em Brasília, passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de julho de 1982.

06 e 07 de julho de 2019
Sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói - RJ
Ingressos: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada)
Classificação: Livre

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Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói/RJ
344 lugares
Informações: 3674-7512 | a partir de 14h

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