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UFF - Universidade Federal Fluminense

Ninguém Sabe Meu Nome

Sessões:

 

Inez Viana e Isabel Cavalcanti dirigem Ana Carbatti em espetáculo solo que reflete sobre os códigos racistas tácitos da sociedade, seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparo. 

Em uma conversa íntima com o público, uma mãe preta se pergunta: deve educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo em tenra idade de sua inocência e prepará-lo para enfrentar uma sociedade que não o reconhece como igual? Ou ainda, é possível fazer as duas coisas?

NINGUÉM SABE MEU NOME propõe, sem deixar de lado o humor e a empatia, uma reflexão sobre como a sociedade ainda precisa compreender sua responsabilidade e agir para reparar sua dívida histórica com a população preta.

A peça foi concebida para dialogar com todos os públicos, e não somente com o público preto. Sem panfletarismo ou tons acusatórios, mas amorosamente, convida a todos que se entendem brancos num país mestiço a refletir sobre o que ainda não foi feito e é preciso fazer para combater o racismo estrutural.

UM CÓDIGO TÁCITO QUE PRECISA SER DESFEITO

A personagem da peça, uma mãe preta, conta que um de seus maiores sonhos é ver o filho preto ultrapassar a marca dos 30 anos. E desfia uma lista de recomendações que sintetizam a angústia de milhões de mães no Brasil e no mundo. Aqui seguem algumas delas:

- seja educado
- não use óculos escuros
- não reaja pela emoção
- não responda
- não faça contato físico
- não faça movimentos bruscos
- não fale muito
- não fale
- lembre-se do seu objetivo: voltar pra casa em segurança
- corte os cabelos
- não perambule a noite
- não use pullover com capuz
- deixe as mãos sempre à vista
- nunca esqueça a carteira de identidade
- não faça nada que leve as pessoas a terem medo de você
- não corra
- não grite por socorro
- não grite
- respeite o código tácito
- fique calmo

SINOPSE

Iara (Ana Carbatti) é uma mulher preta de meia idade, mãe de Menino, uma criança preta. Em uma conversa íntima com o público, questiona sua própria existência e sua função na sociedade, como mulher e mãe: educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo, ainda em tenra idade, de sua inocência de modo a prepará-lo para o enfrentamento de uma sociedade que não o reconhece como igual. Ou, ainda, se é possível fazer as duas coisas.

ANA CARBATTI – atriz e autora

Formada pela CAL e pela Uni-Rio, tem trilhado nos últimos 30 anos uma carreira de sucesso no teatro, televisão e cinema. Ganhou 4 prêmios de melhor atriz por sua atuação no filme OS INQUILINOS, sob a direção de Sérgio Bianchi, com quem realizou outros dois filmes. Dentre as 20 novelas em que atuou, destacam-se A FORÇA DE UM DESEJO, JK, LAÇOS DE FAMÍLIA, LADO A LADO, AMOR À VIDA, HAJA CORAÇÃO e TEMPO DE AMAR, todas na TV Globo.

No teatro, atuou em mais de 60 produções, destacando-se em OTELO DA MANGUEIRA, A CAPITAL FEDERAL e a DIVINA COMÉDIA, respectivamente sob a direção de Daniel Herz, André Paes Leme e Regina Miranda, e TIM MAIA – O MUSICAL, sob a direção de João Fonseca, além dos espetáculos infantojuvenis MANUEL BANDEIRA: ESTRELA DA VIDA INTEIRA e HISTÓRIAS DE JILÚ. Em 2014, protagonizou o musical CLEMENTINA, CADÊ VOCÊ, dirigido por Duda Maia. Em seguida, produziu e protagonizou os espetáculos PEQUENAS TRAGÉDIAS e REDEMUNHO.

INEZ VIANA

Inez Viana é atriz há 38 anos e diretora teatral há 15. Também atua como professora e dramaturga. Tem bacharelado em Artes Cênicas e pós-graduação em direção teatral pela Faculdade CAL, RJ, 2019. Trabalhou com nomes da cena brasileira como Aderbal Freire-Filho, Sérgio Britto, Enrique Diaz, Márcio Abreu, Grace Passô, Danilo Grangheia, Cristina Moura, Denise Stutz, Pedro Kosovski, Georgette Fadel, Newton Moreno, Diogo Liberano, entre outros. Também tem passagens pelo Cinema, TV Globo e Streaming. Em 2010, fundou, junto com nove atrizes e atores, a Cia OmondÉ, que já tem 8 peças montadas, além das 9 que dirigiu fora da companhia. Seus trabalhos em atuação e direção lhe renderam vários Prêmios e indicações, como Shell e APTR.

ISABEL CAVALCANTI

Isabel Cavalcanti é diretora, atriz e autora. Indicada aos Prêmios Shell, Cesgranrio e Arte Qualidade Brasil. Publicou os livros "Eu Que Não Estou Aí Onde Estou: O Teatro de Samuel Beckett" (7Letras) e "Aquele Que Tem Mais O Que Fazer" (Poesia/ 7Letras). Mestre em Literatura Brasileira (PUC/Rio) e Mestre em Teatro (UNIRIO). Trabalha nas Artes Cênicas há 30 anos e há 3 anos como diretora de cinema. Em cinema, codirigiu o documentário "A Ultima Gravação", sobre o ator Sergio Britto, exibido na Première do Festival do Rio 2019 e nos Festivais de NY e Miami, além de um curta-metragem de ficção, a ser lançado em 2022.

ANA CARBATTI PRODUÇÕES E ARTES

Empresa de produções artísticas e eventos culturais fundada em 2001 pela atriz e cantora Ana Carbatti, começa a atuar no mercado de produção artística quando a bailarina e coreógrafa Sueli Guerra ingressa em seu quadro de sócios, trazendo as produções de seu grupo de dança, a Companhia da Idéia, em 2007.

Desde então produziu os espetáculos de teatro-dança “Estação” em 2007, que percorreu o Brasil em temporada e participou de festivais, “Jangada de Pedra” em 2010, sobre a obra homônima de José Saramago, "Pequenas Peças” em 2011, sobre a obra de Clarice  Lispector, no Teatro do Jockey, e “Será”, intervenções públicas de dança teatro em praças públicas e trens do Rio de Janeiro, em 2012. O ano de 2013 marca a iniciativa da empresa no campo das artes cênicas, idealizando e produzindo o espetáculo "Pequenas Tragédias", contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, realizando temporada de sucesso na Casa de Cultura Laura Alvim, nos meses de abril e maio, assim como em São Paulo, em março de 2014, através do subsídio federal da Caixa Cultural. Em 2017, em parceira com a Cia. Falácia produções, a empresa idealizou e produziu o espetáculo “Redemunho”, cuja estreia ocorreu no Teatro da Casa de Cultura Laura Alvim, em março.

Kawaida Produção Cultural e Educacional

A Kawaida Cultural assina a co-produção da peça “Ninguém Sabe Meu Nome”, entendo e reforçando um lugar criativo e sensível da produção. A jovem empresa, nasce em 2021, fruto do acúmulo profissional de Aliny Ulbrich no cenário teatral no Rio de Janeiro, e Raissa Imani trazendo um olhar sociológico e educativo para o setor cultural na cidade.

A empresa busca trabalhar de forma plural e criativa, entendendo o trabalho de produção e gestão como parte do processo artístico. Busca pontes e parcerias que possibilitem o crescimento mútuo, somando artisticamente a projetos, potencializando ideias e fortalecendo redes, não apenas no teatro, mas no áudio visual e projetos educacionais.

Procura dentro dessa pluriversalidade, alcançar profissionais negros, LGBTQIA+, grupos não hegemônicos que carregam uma bagagem intelectual e criativa cada vez mais necessária para o desenvolvimento de novos paradigmas e formas de vivenciar o mundo de forma saudável e harmônica.

FICHA TÉCNICA

Idealização: Ana Carbatti
Texto: Ana Carbatti
Dramaturgia: Mônica Santana
Direção: Inez Viana e Isabel Cavalcanti
Direção de Movimento: Cátia Costa
Cenário: Tuca Mariana
Assistente de Cenário: Gabriela Viviani
Cenotécnica: Paula Maggi
Figurino: Flávio Souza
Desenho de Luz: Lara Negalara e Fernanda Mantovani
Direção Musical: Vidal Assis
Make/Hair: Sylvia Vitoriano
Fotografia: Estúdio Códigos
Audiovisual: Helena Bielinsk
Direção de Produção: Aliny Ulbricht
Produção Executiva: Raissa Imani
Projeto gráfico e Mídias Sociais/Fotografia de Cena: Daniel Barboza
Operação de Luz: Lara Cunha e Fernanda Mantovani  
Operação de Som: Diogo Nunes
Operação de Vídeo: Wallace Lau
Técnico de Vídeo: Alex Nanim
Estágio de Produção: Karen Sofia
Coprodução: Kawaida Cultural
Realização: Sesc Rio
Assessoria de Imprensa:  JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

[MÚSICAS]

Ninguém Sabe Meu Nome
Oração de Uma Mãe Preta
Ponto

Composições: Assis Vidal
Violão: Assis Vidal
Intérprete: Ana Carbatti
Masterização: Toninho
Edição: Tuninho Villas
Estúdio: Casa com a Música


20 e 21 de agosto de 2022
Sábado 20h | Domingo 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói - RJ
Ingressos: R$30,00 (inteira) | R$15,00 (meia)
Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria

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