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UFF - Universidade Federal Fluminense

E se mudássemos de assunto?

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Montagem de texto da premiada Renata Mizrahi chega a Niterói e reabre o TEATRO DA UFF.

A peça tem direção de Marcos França e poderá ser assistida sextas e sábados, às 20h e domingo às 19h.

Um homem tenta falar com seu parceiro. A conversa não acontece porque o outro está entretido com os aplicativos de seu celular. Lives e check-ins são urgentes, e o diálogo é interrompido constantemente. Numa outra cena, um casal tem dificuldade de rememorar seu primeiro encontro. A tentativa de reavivar a memória resulta numa confusão de lugares, situações e nomes de personagens. Certamente você se identificou com uma dessas (ou ambas) as situações. Os exemplos são apenas dois dos temas sobre os quais a premiada autora Renata Mizrahi joga luz em "E se mudássemos de assunto?". O texto reúne dez cenas curtas que, em comum, têm como mote a incomunicabilidade nas relações – seja pela falta de atenção, de escuta, de disponibilidade para o outro e, indo mais fundo, a total ausência de diálogo. A peça tem direção de Marcos França e, no elenco, cinco talentosos jovens atores egressos do Centro de Artes de Laranjeiras (CAL). A montagem lotou o Parque das Ruínas no início do ano e a Casa de Cultura Laura Alvim no Rio de Janeiro poderá ser assistida agora no Teatro da UFF onde estreia dia 10 de maio, às 20h, cumprindo temporada até 26 de maio, sempre de sexta a domingo.

A iniciativa da montagem partiu dos cinco atores do elenco, hoje ex-alunos de Marcos França na CAL. Formado o grupo, o passo seguinte foi convidar o diretor para a empreitada. Em comum, o anseio de levarem à cena temas afins à geração na qual estão inseridos. França pensou em Mizrahi, que lhe mostrou não uma peça inédita, mas o conjunto de oito peças curtas. Com as peças-cenas nas mãos, diretor e elenco viram que elas tinham algo em comum – e que esse algo era justamente o que buscavam. Mais do que isso até...

As cenas unem, na sua maioria, dois atores. E tratam do encontro entre personagens que, na realidade, não chegam a se encontrar de fato. Tais encontros requerem certa atenção, e as personagens não dispõem de tal requisito. Há desde o casal decidido a se separar, cujas partes estão aparentemente serenadas, mas que, no avançar da conversa, vêem suas dependências emocionais acirrarem-se, numa metalinguagem teatral. Ainda na seara amorosa, há a mulher que lista ao parceiro argumentos que fundamentam suas incompatibilidades de gênios e estilos. Ela é assertiva; ele, zen. Até que o jogo vira, e a conversa muda de tom.

As cenas todas têm desfechos surpreendentes – sejam eles inusitados, divertidos ou mesmo comoventes.  E, ao desenrolarem-se as histórias, algumas das personagens voltam a se esbarrar. Duas delas de forma constante. São eles Martinha e Daniel. Ela é uma vendedora de panos de prato, levemente desmemoriada, que tenta contar sua história  --  o que não acontece por ser rechaçada por seu interlocutor, que alega não dispor de tempo para ouvi-la. E assim seguem as personagens em seus caminhos, sujeitos a novos (des)encontros. A exemplo de como vivem muitas das pessoas  que nos cercam. E – por que não? --  nós mesmos.

Ficha técnica:
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Marcos França
Elenco: Daniel de Mello, Giulia Bertolli, Lucas Figueiredo, Ricardo Cuba e Tercianne Melo
Ambientação: Isabella Manhães
Figurinos: Ricardo Cuba
Desenho de luz: João Elias
Trilha sonora: Marcos França
Programação visual: Arthur Röhrig
Assessoria de imprensa: Christovam de Chevalier
Produção executiva: Rafaela Oliveira

10 a 26 maio de 2019
Sextas e sábados, às 20h e domingos às 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Classificação: 10 anos

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