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UFF - Universidade Federal Fluminense

ARQUIVO EM CARTAZ

Sessões:

 

DE 4 a 13 DE DEZEMBRO, RIO DE JANEIRO E NITERÓI RECEBEM A TERCEIRA EDIÇÃO DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE ARQUIVO; EVENTO VAI EXIBIR FILMES NACIONAIS E INTERNACIONAIS, ALÉM DE HOMENAGEAR O HISTORIADOR E PESQUISADOR CLOVIS MOLINARI JR. E O CENTRO DE PESQUISADORES DO CINEMA BRASILEIRO (CPCB)

Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo chega a sua terceira edição de 4 a 13 de dezembro, no Rio de Janeiro e em Niterói. O evento terá como norte “Os filmes de família, caseiros e amadores” e mostrará a construção da sociedade e da memória brasileira, a partir da exibição de filmes feitos em ambientes privados. Serão 10 dias de programação intensa e gratuita.

Realizado pelo Arquivo Nacional em parceria com a Universo Produção e o Instituto Universo Cultural, o festival tem como objetivo promover a difusão do patrimônio audiovisual, contribuindo para a preservação e recuperação da memória cinematográfica brasileira. Seu principal intuito é divulgar e incentivar a realização de filmes produzidos com imagens de arquivo, exibir películas restauradas, além de oferecer oficinas dedicadas a preservação e tratamento de arquivos cinematográficos, como uma ferramenta de indiscutível importância na salvaguarda da memória audiovisual brasileira. O evento ocupa dois espaços: Arquivo Nacional (Cine Pátio – 400 lugares e Cine-Teatro – 150 lugares), na cidade do Rio de Janeiro; e Cine Arte UFF (290 lugares), em Niterói.

Site do festival > http://arquivoemcartaz.com.br

Dia 08, sexta  – Mostra Homenagem CPCB

O HOMEM QUE VIROU SUCO

Brasil, 1980, 97’, 16 anos
De João Batista de Andrade
Com José Dumont, Aldo Bueno, Rafael de Carvalho, Ruthinéa de Moraes, Dominguinhos

Deraldo, poeta popular nordestino recém-chegado a São Paulo, é confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão na festa onde recebe o título de operário símbolo. O filme aborda a resistência do poeta diante de uma sociedade opressora, que esmaga o homem no dia a dia, eliminando suas raízes. Melhor Ator, Ator Coadjuvante (Denoy de Oliveira) e Roteiro no Festival de Gramado 1981, e Melhor Ator no Festival de Brasília 1980.

Dia 09, sábado – Mostra Homenagem CPCB

 

A HORA DA ESTRELA

Brasil, 1985, 90’, 12 anos
De Suzana Amaral
Com Marcélia Cartaxo, José Dumont, Fernanda Montenegro, Tamara Taxman

Macabéa é uma jovem feia e órfã solta no mundo aos 19 anos. Analfabeta, ingênua e virgem, vem do Nordeste tentar a vida em São Paulo. O filme mostra o encontro patético deste ser humano com as artimanhas da cidade grande. Baseado na obra homônima de Clarice Lispector. Melhor Atriz no Festival de Berlim 1986, Melhor Filme no Festival de Havana 1986 e seis prêmios no Festival de Brasília 1985, incluindo Filme, Direção e Atriz.

Dia 10, domingo – Mostra Homenagem Clovis Molinari Jr. – Sessão de curtas – 14 anos

 

 

O SUPER 8

Brasil, 2010, 20’
De Clovis Molinari Jr.

Programa de abertura de uma série feita para a TV intitulada Super 8 Também é Documento, dedicada ao filme bitola Super 8. O primeiro episódio revela o universo do formato, suas origens e variações de produção.

 

A GAIATA CIÊNCIA

Brasil, 1979, 15’
Produção coordenada por Clovis Molinari Jr.

Filme experimental de inspiração filosófica sobre o poder e os micropoderes. Baseado em aulas do professor e filósofo Claudio Ulpiano, que introduziu Foucault, Guattari, Deleuze, Nietzsche e Espinoza nas salas de aula da UERJ e UFF. Alunos atuam nas cenas, assim como o também professor e filósofo Luiz Izidoro, protagonista do filme.

 

CACOS

Brasil, 1978, 3’
De Clovis Molinari Jr.

Cacos são sobras de pedaços de um filme que não existe mais porque foi roubado. “Quadros de uma Ex-Posição” foi filmado após o incêndio do MAM/RJ, em 1978. Dias depois, enquanto o diretor editava o filme, o apartamento onde residia foi invadido. Projetor, editor e uma enorme bobina foram surrupiados. “Cacos” se transformou em uma compilação de fragmentos sem sentido, tão absurdo e gratuito quanto o incêndio e os misteriosos ladrões de cinema. As imagens do incêndio do MAM nunca mais foram encontradas.

 

LISSERGIA

Brasil, 1978, 9’
De Clovis Molinari Jr, Rosanna Peres Posa e Leonardo Coutada

“Lissergia” foi realizado em ambiente doméstico, com equipamento improvisado, numa tentativa de desenhar direto na película cinematográfica velada e/ou já filmada, repetindo o método de Norman McLaren, um dos mais importantes realizadores da animação artística. Uma das técnicas pela qual ficou consagrado foi a de fazer animação direta na película de 35 mm, riscando e desenhando, ao som de jazz. “Lissergia” talvez seja um dos raros filmes que utilizam a mesma técnica, só que com um detalhe diferenciador: foi desenhado com a ponta metálica de um compasso escolar sobre a superfície de uma película muito pequena, fina e frágil: o Super 8.

 

A DEGOLA FATAL

Brasil, 1981, 12’
De Clovis Molinari Jr e Ricardo Favilla

Filme realizado por ocasião do velório e sepultamento do cineasta Glauber Rocha. O registro das últimas imagens de um dos maiores criadores e agitadores culturais que o Brasil já teve, agora ali inerte, no Parque Lage e no São João Batista, sob os olhares atônitos de pessoas que choravam a 24 lágrimas por segundo. Para os diretores importava nos livrar da necrofilia e do aspecto formal convencional para fazer do filme uma citação. Quase que instintivamente foi utilizada quase a mesma linguagem que Glauber inventou para o seu “Di-Glauber”, sobre o enterro do pintor Di Cavalcanti.

 

A ART-POP DE RUDI SANTOS

Brasil, 2010, 7’
De Clovis Molinari Jr.

Compilação de diversas obras do cineasta Rudi Santos, é uma reedição livre de trechos de filmes que mistura ficção com documentário, ensaios urbanos e rurais, em um estilo que explora a massificação da cultura popular, sempre com o objetivo da crítica ao bombardeamento da sociedade de consumo. Há um personagem central: um jovem em crise.

 

O EXPERIMENTALISMO DE JOSÉ ARARIPE JR.

Brasil, 2010, 4’
De Clovis Molinari Jr.

Reedição livre e autorizada, com nova sonorização, de trechos de filmes do cineasta e artista plástico José Araripe Jr.. Sua lente se detém a detalhes expressivos de pequenos objetos ou criaturas. Araripe politiza suas imagens por meio de uma sensível percepção do poder das imagens advindas da TV, de programas infantis e bonecos de brinquedo animados para a guerra e a repressão. O cinema de Araripe é um espectro de visões singulares, de um simbolismo que flutua na mente dos espectadores como uma experiência real e também transcendental.

 

PARADA DE LUCAS

Brasil, 1982, 24’
De Clovis Molinari Jr.

Registros familiares do autor. A celebração da gravidez, o nascimento e os cuidados dados a uma criança que vem ao mundo para ocupar seu espaço reservado, vivê-lo e transformá-lo. A câmera lambe a cria, cada gesto, cada movimento, como se a qualquer minuto uma nova descoberta se descortinaria, tanto para a criança quanto para a câmera. Típico filme que se tornou um gênero: o filme caseiro, registros de parentes e pessoas de seu ciclo de amizade em circunstâncias corriqueiras. A vida familiar em película, tão efêmera, passageira e transitória quanto o próprio mundo.

 

TRYLER/TRAILER/TRILHA – JORGE MOURÃO, O RADICAL LIVRE DO SUPER 8

Brasil, 2010, 14’
De Clovis Molinari Jr.

Reunião de vários trabalhos da extensa filmografia do jornalista, artista plástico, escritor e cineasta Jorge Mourão, que fez parte da geração dos mais importantes artistas marginais, um movimento de ruptura com padrões e normas. Genuinamente à margem do perverso mercado comercial, e desinteressado pelo mesmo, Mourão propõe um radicalismo extremo. Para ele o experimentalismo tem um caráter profano. Viveu em lofts de Nova Iorque e trouxe a ideia para o Rio de Janeiro, instalando na Lapa seus “Arquivos Impossíveis” e tornando o local um grande centro irradiador de tendências artísticas inovadoras. Recentemente foi homenageado no Tate Gallery, em Londres, com uma retrospectiva quase completa de sua obra audiovisual.

Dia 11, segunda

 

DESARQUIVANDO ALICE GONZAGA

Brasil, 2017, 75’, 12 anos
De Betse de Paula

O filme revisita uma parte importante da história do cinema brasileiro a partir da vida e da obra de Alice Gonzaga, filha de Adhemar Gonzaga, cineasta sonhador que, em 1930, fundou a Cinédia, primeiro estúdio de cinema no Brasil.

Dia 12, terça

 

NO INTENSO AGORA

Brasil, 2017, 127`, 12 anos
De João Moreira Salles

Feito a partir da descoberta de filmes caseiros rodados pela mãe do diretor na China em 1966, durante a fase inicial da Revolução Cultural, “No intenso agora” investiga a natureza de registros audiovisuais gravados em momentos de grande intensidade. Às cenas da China somam-se imagens dos eventos de 1968 na França, na Tchecoslováquia e, em menor quantidade, no Brasil. As imagens, todas elas de arquivo, revelam o estado de espírito das pessoas filmadas e também a relação entre registro e circunstância política. Melhor Trilha Sonora no Festival Cinéma du Réel 2017 e indicado aos Prêmios Fênix nas categorias Documentário e Trilha Sonora.

Dia 13, quarta

 

Longa vencedor – Júri Oficial Mostra Competitiva

TORQUATO NETO - TODAS AS HORAS DO FIM

Brasil, 2017, 87’, 14 anos
De Eduardo Ades e Marcus Fernando

A trajetória, a obra, a carreira e a vida do poeta Torquato Neto, desde o seu início na arte da poesia quando ainda morava em Teresina, sua cidade natal até o seu trágico final, quando Torquato acabou por tirar sua própria vida, aos vinte e oito anos de idade.

 

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