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UFF - Universidade Federal Fluminense

Cavernália – Arqueologia do traço

De 09/02/2017 a 26/03/2017

 

Segundo os autores de Cavernália, o atelier é a caverna do artista. O homem, caçando ou sendo morto pelo bisão, ao registrá-lo toscamente na parede da caverna, começou a criar um outro mundo, sem os limites impostos pela natureza.
Os artistas desta exposição, aqui proposta, têm uma trajetória de incansável desenvolvimento formal e conceitual nos meios expressivos a que se dedicam.

Cada um, ao seu modo, recria a caverna. Otavio Avancini propõe que a pintura é uma forma de encarar essa verdade. Índio urbano, sempre em busca da mata, mantém viva a utopia do bom selvagem, em meio a muito ônibus e asfalto.

Lígia Texeira quer seus personagens em lugares mais ‘civilizados’. Ora em espaços públicos, onde são causadores e vitimas do caos, ora em espaços íntimos, onde em ambíguos jogos sociais e sexuais, dissimulam verdades e confessam mentiras.

Adriano Melhem é um andarilho em meio à marginalia. Registra, e leva para seu atelier, cenas e personagens que o cidadão de bem, pagador de impostos, opta por não ver. Elias Lazaroni estende os limites da extravagância. Em suas imagens, os personagens parecem nada fazer de importante. No ambiente onde ele os coloca, explode a banalidade das rotinas do mundo ordinário. Explodem cores, formas, signos e ornamentos. Desse turbilhão surge o lugar perfeito para suas figuras tão à vontade no grotesco.

No mesmo viés barroco, Juliano Guilherme força a convivência dos contrários. Na elaboração formal da pintura, é o desenho que introduz seres que vestem as máscaras dos arquétipos. Estes buscam, no espaço simbólico da tela, o lugar onde possam reconectar-se com as experiências do embate, perdidas por entre as camadas de tempo.

E, por fim, Osvaldo Carvalho saiu da caverna domiciliar onde fazia uma espécie de inventário de objetos cotidianos, ou nem tanto, em aparente harmônico convívio. Foi em busca de novos acontecimentos, dessa vez mais explícitos, do lado de fora da casa. Metaforicamente, pois as imagens estão ao seu alcance na caverna. A caverna de Osvaldo é conectada à grande rede. O que ele faz é registrar as entranhas dos eventos, como se lá estivesse in loco, como os repórteres do front.

Galeria de Arte UFF
Inauguração 09 de fevereiro das 19 às 21 horas
Visitação até 26 de março de 2017
Entrada Franca
2ª a 6ª feira, das 10 às 21 horas
sábados e domingos das 13 às 21 horas

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