A Gnaisse, espécie de rocha que forma a pedra do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, também forma uma curiosa pedra no Nordeste brasileiro, que concentra um dos maiores tesouros arqueológicos nacionais.
Por algumas vezes citada por Ariano Suassuna em suas aulas-espetáculo, muito para desconstruir a ideia de que a arte brasileira se inicia com a colonização europeia, a Pedra do Ingá tornou-se um lugar mítico, revelando a complexidade e inteligência dos nossos antepassados mais antigos.
Localizada no semiárido paraibano, a pedra é repleta de imagens sinuosas que se revelam por meio dos sulcos e cavas em sua superfície. As figuras – algumas até lembrando imagens da natureza, como estrelas, plantas e animais – formam um conjunto abstrato que nos convida a imaginar o que seria toda aquela ‘tatuagem’. Talvez nunca conseguiremos saber: provavelmente, aquelas inscrições foram feitas por civilizações extintas a aproximadamente 5.000 anos. No Brasil, esse modelo de apresentação de arte pré-histórica recebeu o nome de itaquatiara/ itacoatiara que, traduzido do tupi, significa algo semelhante à ‘pedra riscada’.
Mesmo se tornando em 1944 o primeiro monumento arqueológico tombado como patrimônio nacional, outras pedras que estavam próximas as do Ingá foram demolidas na década de 1950 e serviram para a construção de paralelepípedos para o calçamento da capital da Paraíba.
AUDIOTEXTO SOBRE A PEDRA DO INGÁ
AUDIOTEXTO – LINGUAGEM SIMPLES SOBRE A PEDRA DO INGÁ
Angelo Venosa
Sem título, escultura em madeira, tecido e gesso.
Fotografia extraída do catálogo “Arte Brasileira Atual: 1984”. Obra do acervo da UFF.
180cm x 230cm x 70cm, 1985.
Ilustração feita a partir do esboço da bandeira nacional de 1889. Esboço original desenhado por Raimundo Teixeira Mendes.
Luiz Barroso
‘Metalinguagem’, esculturas feitas de papel machê revestidas de jornais e revistas.
150cm x 540cm, 2016.
Luiz Barroso
‘Pedras no caminho’, esculturas feitas de pasta de papel misturada com elementos naturais.
Dimensões variadas, 2004/2016.