DITADURA, VIOLÊNCIA E MEMÓRIA - Ciclo Nativas Narrativas
Sessões:
Ciclo Nativas Narrativas
No contexto atual tem se ampliado o interesse em nos voltarmos para as perspectivas e saberes dos povos nativos, embora de maneira tardia e mais lenta que o necessário, como que em busca de traçar outros caminhos frente à crise na qual a chamada “civilização” se encontra imersa. O cinema realizado pelos povos indígenas, há pelo menos três décadas, segue transformando as telas em janelas para outros mundos possíveis.
Narrar a si, narrar o outro. A diversidade do cinema indígena, com seus próprios modos de fazer e construir coletivamente, nos coloca diante de potentes questões.
Que narrativas sobre si se dão a ver nessas produções? Quais as suas relações e (cosmo)visões sobre a roça, a alimentação tradicional, a cura, os cantos, as danças, a língua, sobre tudo que permeia o dia-a-dia dessas comunidades?
Que olhar lançam para a sociedade envolvente, o seu outro? E que novas visões poderão ser acessadas por essa sociedade ao ser por eles colocada em perspectiva?
O Ciclo Nativas Narrativas, fruto da parceria entre o coletivo Ascuri e a Rede CineFlecha, traz um abrangente panorama da mais recente produção audiovisual indígena. A maior parte dos filmes aqui apresentados foram exibidos também na I Mostra CineFlecha (2020), trazida agora para o Centro de Artes UFF de forma itinerante.
DITADURA, VIOLÊNCIA E MEMÓRIA
Sabemos e falamos pouco sobre a violência da ditadura militar no Brasil, e desse pouco, muito é dito sobre as cidades, mas e o que sabemos sobre as práticas autoritárias e violentas da ditadura contra os povos indígenas? Recuperar e debater essas memórias é fundamental para o nosso presente onde outras formas de opressão ligadas à terra e recursos e novos desafios como a Covid se impõem as resistências indígenas buscam caminhos para seu futuro.
GRIN - Guarda Rural Indígena
Duração: 40m
Ano: 2016
Sinopse: Um cineasta maxakali resgata memórias sobre a formação da Guarda Rural Indígena (Grin) durante a ditadura militar, com relatos das violências sofridas pelos seus parentes.
“Hãmxomã’ax hitap xop yãgmũg putox kopa pip apia xaxok putup’ah. Kutex ũgmũyõg nõ’õm apxaxok putup’ah.”
“O passado ainda é. O passado insiste em ser. Cantamos, e o que é nosso não é esquecido.”
No processo de realização do filme, entrevistas coletadas pelos diretores foram repassadas ao Ministério Público de MG em pedido de indenização aos povos originários pelo sofrido durante a Ditadura Militar. Essa ação auxiliou em processo junto aos Krenak; seguimos agora tentando reconhecimento junto aos Maxakali.
Yãy tu nũnãhã payexop: encontro de pajés
Em julho de 2020, em plena pandemia de Covid-19, cerca de 100 famílias tikmũ’ũn-maxakali deixaram a reserva de Aldeia Verde (Ladainha, MG) em busca de uma nova terra. A tensão causada pelo isolamento tornou mais urgente a necessidade de uma terra rica em matas e, sobretudo, água, na qual pudessem fortalecer as relações com os povos-espíritos yãmĩyxop, através dos cantos, rituais, festas e brincadeiras.
22 de abril de 2021
Quinta | 19h
Transmissão:
Facebook do Centro de Artes UFF
Youtube da Ascuri Brasil
nac livre grátis
TRAILER
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